Atividade física e alcoolismo: os efeitos que o álcool provoca no corpo

Tempo de leitura: 3 minutos

Conforme mostramos neste artigo, a presença de bebidas alcoólicas no ambiente esportivo é comum e faz parte desta cultura.

Nos últimos jogos olímpicos, realizados em 2016 no Rio de Janeiro, Yuri Van Gelder, um dos maiores atletas da ginástica da Holanda, foi eliminado após ter curtido uma noitada no Rio de Janeiro. O atleta admitiu o consumo de bebida alcoólica.

Esta é uma boa oportunidade para questionarmos: quais os riscos de praticar esporte alcoolizado? Que efeitos o álcool causa em nosso organismo? E os atletas, será que sabem?

A princípio existe uma grande armadilha, já que o álcool trás energia em curto prazo, o que faz tanto o atleta profissional quanto o amador achar que vai ter uma melhor performance.

Acontece que os problemas que o álcool trás para as pessoas e principalmente para os atletas começam pelo rim: o atleta começa a desidratar porque a perda de líquido pelo corpo é maior. Na pele, acontece a vasodilatação periférica, o que acarreta na perda de calor podendo levar a hipotermia em lugares mais frios. Acúmulo de gordura, porque altera o metabolismo de açúcar e gordura corporal. E os problemas continuam: enfraquecimento muscular; perda de resistência para um exercício continuado ou um programa de treinos; aumento da pressão arterial; comprometimento da habilidade motora; inibe a absorção de vários tipos de vitaminas, inclusive o complexo B – e com isso atrapalha o crescimento muscular e acontece perda de massa magra (músculos) –; afeta o SNC (Sistema Nervoso Central), e isso no atleta implica na diminuição da velocidade de reação, por exemplo.

Isso sem falar que o consumo excessivo de álcool está diretamente relacionado ao surgimento ou agravamento de doenças cardíacas, hepáticas e psiquiátricas.

Da teoria à prática. Para demonstrar os riscos da prática esportiva movida à álcool, a agência Weber Shandwick da Suécia desenvolveu a campanha Don’t drink and Dive (algo como ‘não beba e mergulhe’) para a companhia de seguros Trygg-Hansa.

Protagonizada pela equipe de nado sincronizado de Estocolmo, três vezes campeã do mundo, a campanha chama a atenção para os riscos de mergulhar alcoolizado.

Sob a supervisão de René Tour, médico da equipe, dois salva-vidas da Swedish Life Saving Society e um mergulhador profissional, os nadadores tentam realizar a performance campeã após beberem alguns drinques.  E o resultado é naturalmente desastroso.

“Levando em conta o fato de que uma em cada duas pessoas que se afogam possuem álcool em seu sangue, estamos tentando mostrar para as pessoas os riscos de nadarem embriagadas. Se presumimos que os suecos nadam no verão e também no inverno (após a sauna), significa  que cerca de 10.000 suecos nadarão bêbados, todos os dias, de acordo com nossa pesquisa”, afirma Johan Eriksson, chefe de comunicação da Trygg-Hansa.

Segundo dados internacionais, 70% das mortes em atividades recreativas na água tem relação com o consumo de álcool.

A Trygg-Hansa também lançou uma pesquisa sobre medidas em relação à segurança na água, que aponta que quase metade dos homens suecos acredita que não há problema em beber álcool e mergulhar.

Outra conclusão é que um a cada dez suecos já nadaram completamente embriagados pelo menos uma vez durante os dois últimos anos, e, ainda, um entre cinco admitiram terem nadado após consumir “um pouco” de bebida alcoólica.

Assista ao vídeo da campanha:

 

Fontes: CS Ecoturismo e Alcoolismo.com.br