Um perigo a mais

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Não importa quem acende o cigarro, e sim quem inala a fumaça.

A fumaça expelida pela ponta do cigarro chega a conter três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça inalada pelo fumante – afinal, os gases passam pelo filtro do cigarro antes de chegar à boca.

Pessoas que “fumam” involuntariamente – geralmente filhos, esposas e maridos de tabagistas –, podem chegar a consumir o equivalente a quatro cigarros por dia. Os adultos expostos ao fumo passivo têm maior risco de doenças cardiovasculres e câncer de pulmão, enquanto as crianças podem ter asma e infecções.

Porém, tem mais: entre os riscos do fumo passivo também está incluso grandes chances de sofrer um acidente vascular cerebral (AVC).

É o que afirma um estudo realizado pela Faculdade de Medicina Johns Hopkins, em Baltimore, EUA, país onde, de acordo com os Centros de Prevenção e Controle de Doenças (CDC), um em cada quatro não-fumantes são expostos ao fumo passivo.

A principal autora do estudo, Michelle Lin, buscou a relação entre o fumo passivo e o AVC, pois os riscos para os fumantes desenvolverem a doença são conhecidos há tempos. Ela, então, recrutou quase 28 mil pessoas que nunca fumaram e que participaram das Pesquisas Anuais Nacionais de Saúde e Nutrição.

Durante o estudo, os pesquisadores descobriram que pessoas que nunca fumaram e tiveram AVC tinham quase 50% mais probabilidade de ter se exposto à fumaça de cigarro em casa do que pessoas que nunca tiveram AVC. Além disso, sobreviventes de AVC expostos ao fumo passivo também tiveram mais risco de morrer por qualquer causa em comparação àqueles que não eram fumantes passivos.

O estudo foi publicado na revista médica Stroke.

 

Fonte: G1 via Bem Estar/Rede Globo