E-cig têm potencial para criar uma nova geração de jovens viciados

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mostramos neste artigo que o mercado para produtos alternativos de tabaco, como o cigarro e narguilé eletrônicos, se expande rapidamente. Mas a ciência e os regulamentos em torno da segurança dessas opções ainda são incipientes. Quanto mais os cientistas observam os efeitos da vaporização, mais eles se preocupam.

É o caso de Vivek Murthy. Em um relatório divulgado este mês, o cirurgião-geral dos Estados Unidos — cargo da chefia do serviço público de saúde do país — fez um alerta nesta quinta-feira da crescente ameaça dos cigarros eletrônicos à saúde pública, sobretudo entre os jovens.

Apesar de reconhecer a necessidade por mais pesquisas sobre os efeitos da saúde desse novo tipo de fumo, ele ressalta que ele não é inofensivo e que muitos adolescentes estão recorrendo a esta alternativa já que, uma vez que este tipo de fumo contém menos componentes nocivos do que os cigarros normais, ele foi visto inicialmente como mais seguro.

Porém, segundo Murthy, os cigarros eletrônicos “têm o potencial de criar uma nova geração inteira de jovens viciados em nicotina”.

Se não há consenso científico sobre seus riscos ou vantagens, dados dos Estados Unidos mostram, porém que, em 2015, 16% dos estudantes de ensino médio relataram ao menos uma ocasião de uso do cigarro eletrônico, incluindo até mesmo alguns que nunca haviam fumado o cigarro comum.

Em seu relatório, Murthy afirma que “comparados com adultos mais velhos, o cérebro dos adolescentes e jovens adultos é mais vulnerável às consequências negativas da exposição à nicotina”.

O cirurgião-geral recomendou ainda que ações locais, estaduais e federais sejam postas em prática imediatamente, incluindo proibições a este tipo de fumo e o aumento de impostos e preço dos cigarros eletrônicos.

Aqui no Brasil, apesar de não parecer, os cigarros eletrônicos são proibidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

 

Fonte: O Globo