Os famosos e suas carreiras arruinadas (ou quase) por drogas

Tempo de leitura: 6 minutos

Uma das principais premiações de Hollywood anteriores ao Oscar, a cerimônia da 73ª edição do Globo de Ouro aconteceu na noite deste domingo, 10 de janeiro, em Los Angeles, nos Estados Unidos.

Este é um bom momento para falarmos um pouco mais da conturbada relação entre drogas e arte. Negar essa relação é tão ingênuo quanto ainda acreditar que o Sol gira ao redor da Terra – e não o contrário.

Para Jorge Coli, professor de história da arte da Unicamp, “determinados artistas, as drogas serviram para aguçar a sensibilidade”, diz. “Mas elas não desencadeiam a criação se não houver o espírito criador.”

Alguns atores e atrizes nunca largaram o vício, outros morreram e poucos conseguiram sair de um verdadeiro inferno e voltaram a trabalhar. A verdade é que os paraísos artificiais das mais variadas drogas estão ao alcance de qualquer pessoa. O mesmo acontece com o álcool quando usado em grandes proporções a tal ponto que o vício pode fazer qualquer um não ter mais perspectiva de vida.

Já mostramos neste artigo, por exemplo, que Judy Garland tinha vícios desde muito jovem para suportar o sucesso da carreira no cinema, teatro e na televisão. Morreu aos 47 anos. No seu último filme, “I Could Go on Singing”, (no Brasil: “Na Glória, a Amargura”) interpretou uma cantora de sucesso separada do marido e do filho por conta do vício em álcool. A canção do vídeo parece ser o reflexo da vida íntima da atriz. Acontece que, da mesma forma que a constituição genética leva as pessoas a terem olhos azuis ou castanhos, podem também levá-las a se tornarem dependentes. Logo, não é de se estranhar que Liza Minelli, filha de Judy Garland e do diretor de cinema Vicente Minelli, teve grandes êxitos, mas o seu vício em álcool a fez perder grandes contratos. Foi internada diversas vezes em clínicas de reabilitação. Seu melhor trabalho foi ao lado de Robert de Niro no filme “New York, New York”.

charlieCharlie Sheen esteve envolvido com o alcoolismo desde muito jovem, o que complicou sua vida e o transformou em um homem de caráter duvidoso. Foi se esquivando dos perigos e chegou ao auge de sua carreira com a sitcom “Two and a half men”, quando uma série de desastres por embriaguez o fez ser demitido. Recentemente, o ator revelou ser HIV positivo.

Já por detrás do belo sorriso de Mellanie Griffith se escondia o drama da dependência de drogas melaniepsicotrópicas que tomava para combater diversos problemas emocionais. Apesar de ser uma das queridinhas de Hollywood, sua carreira naufragou. Ao se casar com Antonio Banderas teve poucos momentos de auge, principalmente com o filme que ele mesmo dirigiu, “Loucos do Alabama”. Mas sua luz apagou mais uma vez.

Richard Dreyfuss alcançou a fama com a ajuda de Steven Spielberg (“Tubarão” e “Contatos Imediatos de Terceiro Grau”) e continuou crescendo em diversos gêneros, até que seus filmes começaram a perder o êxito. Ao mesmo tempo viciou em drogas e foi diagnosticado com transtorno bipolar, uma doença que pode ser potencializada com o abuso de drogas e álcool.

Depois de ganhar o prêmio da Academia aos 10 anos, Tatum O’Neal teve a promissora carreira quebrada por conta da péssima relação com seu pai (Ryan O’Neal) e o seu vício em heroína e álcool só piorou a situação. Aos 44 anos, a atriz foi flagrada por policiais comprando drogas nas ruas de Nova York. A atriz foi detida enquanto entregava o dinheiro a um vendedor de cocaína e crack.

whitneyEm um programa de entrevistas, Whitney Houston admitiu que seu vício em drogas se transformou em uma grande problema porque não estava preparada para o sucesso do filme “O Guarda-Costas”, de 1992, que potencializou sua carreira como cantora e atriz. Passou por várias clínicas de reabilitação. Em 2012 sob a mistura de cocaína, maconha e outras drogas, se afogou em sua banheira. Aqui, mais uma vez, temos a questão da genética: Após a morte da mãe artista, Bobbi Kristina Brown, filha de Whitney Houston e Bobby Brown, morreu aos 22 anos de idade, em condições semelhantes à morte de Whitney.

Drew Barrymore começou a beber aos 9 anos, com 10 começou a fumar maconha, e com 12 se tornou usuária de cocaína. drewDepois de passar por várias clínicas de reabilitação, Drew conseguiu obter a sua emancipação judicial para não depender mais dos pais, e aos 15 anos se mudou para um apartamento em Los Angeles para morar sozinha. Conseguiu dar a volta por cima e retomou sua carreira de sucesso.

downeyO mesmo aconteceu com Robert Downey Jr., que chegou a ser preso e internado em clínicas de reabilitação por diversas vezes no final dos anos 1990. Agora, enfrenta o mesmo problema com seu filho, Indio, de 20 anos. O rapaz foi preso ano passado por porte de cocaína. Em um comunicado enviado ao site americano TMZ, Robert Downey citou a genética como um dos fatores para o jovem ter desenvolvido o vício na droga. “Infelizmente, existe um componente genético para o vício e Indio provavelmente o herdou”, escreveu.

Eternizado como o garotinho que via crianças mortas em “O sexto sentido”, Haley Joel Osment foi detido em 2006 após se haleyenvolver em um acidente de carro. Na ocasião, o ator foi indiciado por dirigir alcoolizado e por porte de maconha. Haley tinha 11 anos na época do filme. Hoje, o ator está com 27 anos e alguns quilinhos a mais. Mas o rosto segue o mesmo.

macaulayMacaulay Culkin talvez seja um dos maiores representantes na lista de atores mirins que chamaram a atenção por ter problemas com a polícia na fase adulta. Marcado pelos filmes “Esqueceram de mim” e “Meu primeiro amor”, o ator sofreu com a dependência de drogas. Ele chegou a ser preso em 2004 por posse de maconha e de duas substâncias controladas (Alprazolam e Clonazepam). Culkin está com 34 anos e já esteve na lista de “famosos mortos nas redes sociais”, levantando mais uma vez o tema sobre a dependência de drogas de Culkin.

Lindsay Lohan, que começou a fazer sucesso aos 12 anos de idade, já teve inúmeros problemas com a polícia. O primeiro lindseyaconteceu em 2007, quando ela foi presa na Califórnia dirigindo embriagada e com posse de cocaína. A carteira de motorista da atriz também estava vencida. Em 2010, ela foi condenada a usar um bracelete de monitoramento alcoólico. Duas semanas depois, o dispositivo foi disparado durante uma festa e Lindsay precisou voltar para trás das grades. No ano seguinte, a atriz foi acusada de roubar um colar numa joalheria. Lindsay precisou cumprir 120 horas de trabalho em um necrotério. Desde então, parece ter feito as pazes com a Justiça.

 

Fontes: Batanga & Portal 99,3