Os riscos do fumo passivo

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O Reino Unido deu um passo agressivo na cruzada mundial contra o tabagismo. Em outubro entrou em vigor uma lei proibindo o fumo dentro de veículos que estejam transportando passageiros menores de 18 anos.

Os infratores estarão sujeitos ao pagamento de uma multa de £ 50 (cerca de R$ 310). As autoridades entendem que o motorista é o responsável por garantir que a lei seja cumprida dentro do carro e, portanto, pode ser multado mesmo se não for ele a pessoa fumando no veículo.

A proibição é uma forma de proteger as crianças dos efeitos nocivos da inalação passiva da fumaça do tabaco. Segundo pesquisas recentes, crianças expostas diariamente à fumaça do cigarro têm chances 50% maiores de desenvolver alguma doença crônica, como bronquite e asma.

De acordo com a psiquiatra Analice Gigliotti, não importa quem acende o cigarro, e sim quem inala a fumaça. A fumaça expelida pela ponta do cigarro chega a conter três vezes mais nicotina e monóxido de carbono e até 50 vezes mais substâncias cancerígenas do que a fumaça inalada pelo fumante – afinal, os gases passam pelo filtro do cigarro antes de chegar à boca.

Gestantes não fumantes, mas que estão expostas constantemente à fumaça de cigarro, têm 13% mais chances de gerar um bebê com malformação congênita e 23% de dar à luz um bebê já sem vida. Bebês que inalam passivamente a fumaça do cigarro correm um risco cinco vezes maior de morrer subitamente sem causa aparente.

Pessoas que “fumam” involuntariamente, geralmente filhos, esposas e maridos de tabagistas, podem chegar a consumir o equivalente a quatro cigarros por dia. Segundo a Organização Mundial de Saúde, parar de fumar é a coisa mais importante que uma pessoa pode fazer por sua saúde. E, de tabela, pela saúde daqueles com que convive.

 

Fonte: O Globo