De mãe para filha: a genética na dependência

Tempo de leitura: 2 minutos

Judy Garland nasceu a 10 de junho de 1922, no estado do Minnesota (EUA). Era uma atriz norte-americana, considerada uma das maiores estrelas cantoras da ‘Era de Ouro’ de Hollywood, quando os filmes musicais proliferaram.

Teve uma vida curta, mas uma carreira longa. Começou a bailar aos 2 anos, até que atinge o estrelato, com desempenhos brilhantes, em papéis musicais e dramáticos. “O mágico de Oz”, de 1939, catapultou a sua carreira no cinema, mas Judy Garland também brilhou em séries de televisão.

Durante os anos como contratada e estrela maior da MGM, Judy Garland tornou-se uma notória viciada em anfetaminas e barbitúricos, dependência da qual ela sofreria pelo resto da vida e viria a matá-la, em 22 de junho de 1969.

Pesquisas recentes nos levam à compreensão dos motivos que levam algumas pessoas a desenvolverem a dependência. Sabe-se que uma parte da resposta se encontra na genética. Cada pessoa tem uma constituição química e genética particular. Isto pode afetar a maneira como uma droga age sobre o cérebro da pessoa. Da mesma forma que a constituição genética leva as pessoas a terem olhos azuis ou castanhos, pode também levá-las a se tornarem dependentes.

Por exemplo: mais filhos de alcoólatras tornam-se dependentes de drogas do que filhos de pais não alcoólatras. Quase 95 % dos usuários de cocaína e 80 % dos alcoólatras são filhos de pais dependentes químicos. Mesmo quando os filhos de pais dependentes químicos são separados dos pais na hora em que nascem, eles desenvolvem a dependência química com o mesmo índice alto. Isto é uma evidência que a causa da adicção supera o ambiente do lar.

Isso explicaria porque a atriz e cantora americana Liza Minneli, filha de Judy Garland e do diretor Vincent Minnelli, enfrenta o mesmo problema que a mãe.

Vencedora do Oscar de melhor atriz de 1973 por sua atuação no musical “Cabaret”, em 2015 Liza Minelli deu entrada em um centro de reabilitação em Malibu, na Califórnia, para tratar do abuso de substâncias químicas – seu principal problema é o álcool.

“Liza Minneli tem lutado bravamente contra o abuso de substâncias ao longo dos anos e sempre que sente necessidade de procurar um tratamento não exita em fazê-lo”, afirmou seu porta-voz, Scott Gorenstein.

A cantora já esteve em reabilitação diversas vezes, a mais recente, em 2004 – e sempre no Centro Betty Ford, uma clínica voltada para dependentes de narcóticos e álcool na Califórnia, a que recorreu pela primeira vez em 1984. Em 2010, ela recebeu a oferta de 500 mil dólares para participar do reality show Celebrity Rehab , mas recusou a oferta.

Atualmente, aos 72 anos, Liza Minnelli vive longe da esfera vida pública, de forma bastante reservada e aparenta fragilidade. O álcool deixou suas marcas. Mas, como já enfatizou muitas vezes, ela não se arrepende de nada: “A vida é mesmo como um cabaret: nunca se sabe o que está por vir ou se vai ser bom. Acho que repetiria todos os meus erros.”

 

Fonte: Terra Notícias