Adolescentes viciados em drogas estão mais propensos à depressão

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A adolescência é um período de experimentação de muitos comportamentos adultos, incluindo o uso de substâncias psicoativas. Usar drogas é um comportamento tão comum que não seria plausível tomá-lo como uma atividade anormal.

No Brasil, uma em cada cinco pessoas fez uso de alguma droga durante a vida (70% álcool, 41% tabaco). Trabalhos apontam que somente 8% dos usuários de maconha vão desenvolver abuso ou dependência de drogas em geral.

Fatores de risco

Todos os fatores devem ser tomados de forma individualizada, pois não há causas universais. Os principais fatores de risco para o desenvolvimento de dependência química na adolescência são:

-Algum diagnóstico psiquiátrico outro concomitantemente ao uso de drogas: são comuns os quadros de depressão e ansiedade;

-Transtornos de conduta e delinquência;

-Tentativas de suicídio entre adolescentes;

-Gravidez em adolescentes;

-Problemas de aprendizagem.

Avaliação Clínica

Os serviços de atendimento primários como postos de saúde e ambulatórios não especializados podem fazer o diagnóstico precoce.

Atenção especial deve ser dada a grupos de jovens cujos pais abusam de álcool ou outras drogas, vítimas de abuso físico ou emocional, evasão escolar, adolescentes grávidas, jovens em situação econômica desfavorável, delinquência, suicidas e incapacitados.

Uma boa avaliação do funcionamento familiar é fundamental nesta fase da vida, os jovens ainda respondem fortemente as faltas parentais. A discriminação entre uso “lúdico” e aquele que necessita de tratamento deve ser feita de forma não alarmista ou moralista.

Tratamento

A experimentação de álcool e drogas, para uma maioria dos jovens, faz parte do crescimento e irá desaparecer na idade adulta. O tratamento deverá ser considerado como um continuum e devemos considerar recaídas e regressões.

Deve-se ajudar o adolescente a ter uma visão do futuro com planos realistas e identificação de objetivos. Explore formas de encorajar a participação e escolha.

Atividades educacionais e de lazer são importantes como forma de engajamento do jovem. O melhor caminho até o presente momento é fornecer tratamento individualizado, levando-se em conta os recursos e habilidades do adolescente e sua motivação para realizar mudanças em sua vida.

 

Fonte: Minha vida via Valeria Lacks, psicoterapeuta

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