Diga-me o que ouve e te direi quem és

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Desde a antiguidade, a música é utilizada para o bem-estar, elevação espiritual, fins nobres ou terapêuticos. Escritos de mais de 4000 anos na China, Índia, Egito e outros povos relatam isso. Platão (427 a.C.) já afirmava que “a música é o remédio da alma”  e que podia transformar o homem e toda a sociedade.

Nos dias atuais comprovam-se, pelas pesquisas científicas, os benefícios que a música clássica, e também músicas instrumentais suaves proporcionam. Elas podem atuar no corpo e mente, como auxiliares no tratamento de várias doenças – incluindo a dependência química – e também ajudam a melhoram o QI.

A música elevada pode restabelecer a serenidade da mente, pois atua no ritmo e na frequência de nosso corpo. Em ritmos lentos, o corpo escuta-o, e pulsa de acordo com ele, reduzindo o ritmo agitado em que estava. Isso produz um efeito de massagem sonora, diminuindo as tensões.

“A boa música atua diretamente no subconsciente, trazendo harmonização e sentimentos elevados, e favorecendo a cura em geral”, afirma dr. Márcio Bontempo, médico clínico geral e homeopata.

Não por acaso, conforme já publicamos aqui, o mesmo sistema químico-cerebral que proporciona as sensações de prazer geradas pelo sexo, as drogas e a comida é essencial para experimentar o prazer gerado pela música, também.

No Japão, o cientista Dr. Masaru Emoto, realizou uma experiência tocando músicas clássicas próximas às moléculas de água. Em análise microscópica, provou que elas se agruparam em forma de mandalas. Outra parcela da água, colocada próxima ao som de ritmos como o rock, apresentaram formas distorcidas ao serem analisadas.

Estudos constataram que jovens que passaram a escutar músicas clássicas apresentaram melhor capacidade de concentração e aproveitamento nos estudos. O Centro de Pesquisas e Aplicações Psicomusicais da França, por exemplo, comprovou o grande efeito benéfico que algumas músicas clássicas produziam como fundos musicais nos ambientes de trabalho. A produtividade aumentou quando passaram a escutar músicas clássicas no trabalho.

Em muitos hospitais dos Estados Unidos utiliza-se a música clássica como auxiliar na cura dos pacientes. As gestantes que escutaram este gênero na gravidez apresentaram uma gestação mais tranquila e os bebês tiveram uma infância mais saudável.

Em experimentos com plantas colocadas ao som de músicas clássicas, constatou-se uma melhora do desenvolvimento das plantas. O mesmo experimento foi realizado com animais, que apresentaram um comportamento positivo à escuta destas músicas, em comparação a outros tipos de ritmos.

E antes que você dia que estamos de perseguição com outros gêneros musicais (apesar de todas as pesquisas acima citadas), encerramos este artigo com um estudo da Universidade de Leicester que traçou o perfil completo dos fãs de vários estilos musicais na Grã-Bretanha e descobriu que a opção musical de alguém pode revelar muito mais sobre sua personalidade do que se poderia imaginar.

Os pesquisadores afirmam, por exemplo, que mais de um em cada quatro apreciadores de música clássica já experimentaram maconha, e revelam que os maiores usuários de drogas não são os roqueiros, mas os que preferem a música eletrônica e o hip hop.

“Os fãs desses tipos de música fizeram mais pontos em criminalidade, promiscuidade sexual e uso de drogas”, afirma Adrian North, que liderou a pesquisa.

Entre os 2,5 mil entrevistados para o estudo publicado na revista Psychology of Music, os admiradores de blues foram os que receberam mais multas de trânsito e os fãs de peças e filmes musicais se mostraram pacíficos e respeitadores das leis, além de demonstrarem um maior interesse em trabalhos voluntários.

 

Fontes: BBC Brasil e Grupo Eu Sou Luz