Ex-sex symbol abre cruzada contra a pornografia

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Em 1987 durante uma partida de futebol no Canadá, uma das câmeras no estádio deu um grande plano na jovem Pamela Denise Anderson, então com 20 anos. Era a descoberta de uma sex symbol.

A  atriz e modelo canadense, naturalizada estadunidense, tornou a profissão de salva-vidas um fetiche graças a seu papel na série Baywatch, na década de 1990. Ela também já fez uma série de ensaios nus e vídeos bem picantes, como o da sua lua de mel com Tommy Lee, baterista dos Mötley Crüe.

Hoje, isso mudou.

“Sei que sou parte do problema por causas das revistas e dos vídeos roubados da minha casa. Mas não é legal ser tratada como uma estrela pornô na cama. Já cuspiram em mim e me xingaram durante o sexo, acharam que sou maluca ou algo do tipo. Isso é culpa da pornografia”, revelou a artista de 49 anos em uma entrevista ao programa This Morning, nos Estados Unidos.

“Existe muito acesso à pornografia, as pessoas estão cada vez mais desinteressadas e as coisas estão ficando mais estranhas e absurdas”, afirmou Pamela Anderson na entrevista, onde também fez uma série de declarações reveladoras sobre experiências sexuais (você pode assistir ao vídeo no final deste artigo).

Decidida a abrir uma cruzada contra a pornografia, a atriz também escreveu um artigo para o Wall Street Journal condenando veementemente os homens que consomem produtos dessa indústria.

“Não prego para que as pessoas deixem de fazer sexo. Na verdade, quero todos fazendo sexo melhor”, afirma Pamela, pedindo para que as pessoas parem de consumir conteúdo pornográfico.

Mãe de dois filhos, frutos de seu relacionamento com o baterista Tommy Lee, Pamela também conversa sobre o assunto com eles, alertando que “quando eles desrespeitam as namoradas, estão desrespeitando a mãe deles”.

Capa da Playboy por quinze vezes, Pamela lembra que, em sua posição como atriz e modelo de revistas de nudez, sempre alertou sobre os “efeitos corrosivos da pornografia na alma de um homem e em sua habilidade para exercer plenamente seu papel como marido e pai. Estamos falando de uma ameaça pública de perigo sem precedentes. Homens que consomem esse tipo de material levam uma vida íntima pouco satisfatória com suas esposas e namoradas” (já mostramos neste artigo, porém, que, em se tratando de pornografia, as mulheres também estão suscetíveis ao vício).

No artigo para o Wall Street Journal, redigido em parceria com o rabino Shmuley Boteach, a atriz alerta que as pessoas precisam “entender que pornografia é para perdedores” e “uma ameaça pública”.

E opina sobre a geração atual, muito conectada virtualmente: “São pessoas que vão crescer dentro de quatro paredes, com um imaginário digital de sexo. Serão os próximos viciados em pornografia.”

Assista à entrevista da atriz na TV dos EUA (com legendas em inglês):

Fonte: O Globo