Caminhoneiros: greve, rebite e outras drogas

Tempo de leitura: 1 minuto

Por que os caminhoneiros estão em greve?

As principais reivindicações são econômicas. Os sindicatos e associações dizem que o aumento no preço dos combustíveis reduz o frete, o valor pago aos caminhoneiros pelo transporte de carga.

Apesar de não ser a principal reivindicação, entretanto, a greve também tem relação com a mudança na Lei dos Caminhoneiros, apelido que recebeu a lei 4246/2012. O texto desta lei define que os motoristas poderão fazer jornadas de até oito horas, com quatro horas extras, elevando a jornada máxima de trabalho para 12 horas. Antes, a jornada máxima era de 10 horas. Além disso, afirma que o motorista deverá descansar 30 minutos a cada seis horas no volante. Antes, era uma hora de descanso.

Muito caminhoneiros, porém, preferem dirigir dias e, para suportar a carga horária puxada, apelam para o conhecido “rebite”, apelido de remédios à base de anfetaminas, que deixam a pessoa ‘mais ligada’.

Mas depois que a Anvisa proibiu essas drogas, muitos motoristas apelaram para o mercado negro. E pior, alguns começaram a usar outras drogas para não dormir ao volante. Muitos tentam justificar o uso das drogas, dizendo que a empresas fazem pressão.

Esse é um problema que atinge todo mundo que usa as estradas deste país, e o risco não é pequeno. É só fazer a conta: está andando de carro? De cada três caminhoneiros que passam por você, um pode estar drogado. Esta foi a conclusão de uma pesquisa feita pelo Ministério Público do Trabalho de Mato Grosso do Sul durante cinco anos com 207 motoristas.

“Nós testamos amostras de urina. Encontramos percentuais muito elevados. Cerca de 30% dos motoristas utilizando, principalmente cocaína”, contou o procurador do Ministério Público do Trabalho do MS Paulo de Moraes.

 

Fonte: Jornal Nacional