Suicídio. Porque precisamos conversar sobre isso

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O suicídio se tornou uma epidemia de proporções globais, mata mais de 800 mil pessoas por ano e 75% dos casos são registrados em países emergentes e pobres. Em 2014, a Organização Mundial da Saúde (OMS) publicou, pela primeira vez em mais de 50 anos de história, um levantamento global sobre o fenômeno que tira a vida de uma pessoa a cada 40 segundos.

O estigma faz com que somente um pequeno número de países colete dados sobre o fenômeno. Dos 194 países da OMS, apenas 60 mantêm informações sobre o assunto.

Diante dessa realidade, a OMS lançou-se em campanha para ajudar governos a desenhar programas de prevenção e reduzir a taxa em 10% até 2020. Hoje apenas 28 países pelo mundo têm estratégias nacionais de prevenção.

Em termos absolutos, o Brasil é o oitavo país do mundo com maior número de casos de suicídio. Em 2014 eram mais de 11 mil casos. O que preocupa os especialistas é que esse comportamento tem atingido número cada vez maior de pessoas. Em apenas dez anos, o número de suicídios aumentou no país em mais de 10%.

Diante destes números alarmantes, torna-se cada vez mais necessário – e urgente – ações que esclareçam sobre o tema, ensinando a identificar os sinais de alerta, reconhecer os fatores que envolvem o suicídio e as maneiras de se proteger, evitar e mesmo se livrar desta ameaça. Pois viver vale a pena e suicídio tem solução.

Para comprovar isso, foi lançado o projeto Conversa sobre Suicídio. Como o próprio nome diz, trata-se de um canal onde especialistas falarão sobre formas de prevenção e tratamento, incluindo depoimentos sobre esta realidade preocupante.

A primeira palestra foi no dia 1º de setembro de 2016, com o jornalista André Trigueiro abrindo a campanha Setembro Amarelo – uma campanha de conscientização sobre a prevenção do suicídio, promovida pela OMS e a International Association for Suicide Prevention – IAPS.

A campanha instituiu o dia 10 de setembro como o Dia Mundial para Prevenção do Suicídio, data em que a palestra de André Trigueiro será reprisada. No Brasil, desde 2014, prédios e monumentos históricos são iluminados com a cor amarela da campanha.

Na quinta-feira, dia 8 de setembro, a palestra será realizada pelo doutor Carlos Felipe D’Oliveira, médico formado pela UFRJ e mestre em ciências da saúde e pós-graduado em pediatria. Carlos foi coordenador da Estratégia Nacional de Prevenção do Suicídio (2005-2008) e lançou a Rede Brasileira de Prevenção do Suicídio – REBRAPS. É também diretor da Associação Brasileira de Estudos e Prevenção do Suicídio – ABEPS.

As palestras são GRATUITAS e, para assistir, basta acessar este link.

Conversas sobre Suicídio também possui um canal no YouTube com relevantes vídeos para esclarecer sobre o tema, além de um perfil na rede social Facebook. Clique aqui e curta a página para ficar muito bem informado, dando ao tema a devida visibilidade para, assim, livrarmos a sociedade de vez do fantasma do suicídio.

 

Fonte: Fiocruz e Conversa sobre Suicídio