Pornografia transforma pessoas em objetos e altera relações

Tempo de leitura: 2 minutos

Certamente você conhece alguém que costuma passar um tempão vendo vídeos pornôs na internet. Não você, mas um amigo, um primo, essas coisas. Então diga para ele que essa mania o deixa cada vez mais preguiçoso. E pode até fazer com que você – digo – ele perca o ímpeto sexual.

É o que indica um estudo realizado por pesquisadores do Instituto Max Planck, em Berlim. Eles perguntaram a 64 homens com que frequência costumavam ver pornografia. Também escanearam o cérebro dos voluntários para ver como reagiam ao ver fotos pornográficas ou imagens sem conotação sexual.

Eles descobriram que o striatum, uma região do cérebro associada ao sistema de recompensa, costumava ser menor entre os consumidores mais vorazes de pornô. E, entre esses fãs, essa área também funcionava menos quando captavam imagens de sexo.

Como o sistema de recompensa é quem deixa você mais disposto e motivado, a pornografia pode ser culpada pela preguiça e falta de impulsos sexuais.

Mas se essa relação de causa-efeito ainda não foi confirmada pela ciência, já sabemos, porém, que a pornografia desencadeia uma atividade cerebral semelhante ao efeito que as drogas têm sobre o cérebro dos dependentes químicos.

A dependência em sexo é caracterizado pela obsessão por pensamentos sexuais, sentimentos ou comportamentos que a pessoa não é capaz de controlar, e o consumo excessivo de pornografia é uma das principais características da doença.

É o que fazia o ator Terry Crews.

Conhecido mundialmente como o econômico Julius, de Todo Mundo Odeia o Chris; o policial Terry, de Brookly 99; o brucutu Hale Ceasar, da franquia Os Mercenários; e o sedutor Latrell, de As Branquelas, o ator usou o Facebook para desabafar sobre a dependência que ele superou após muita luta, dificultado por conta da internet: pornografia.

O ator conta que virava noites assistindo a conteúdo adulto e isso quase causou o fim de seu casamento. “A pornografia realmente bagunçou minha vida de várias formas”, relata. Ele manteve o problema como um segredo durante muito tempo e sabia que as pessoas não acreditariam nele, mesmo se contasse.

Ele está livre da pornografia em excesso há cerca de sete anos e fala que é “OK” ter o problema, pois muita gente sofre disso, mas é importante notá-lo e derrotá-lo. Segundo ele, a internet potencializa e alimenta essa dependência – e o grande perigo é que a pornografia transforma pessoas em objetos e altera relações e sentimentos.

Crews revelou o vício pela primeira vez em 2014, durante um talk show, passou por uma reabilitação, e desde então dá declarações constantes sobre o tema para ajudar quem está com o mesmo problema, pois, segundo o ator, contar sobre a doença a pessoas de confiança é o principal passo para superá-la.

Sua mais recente ação neste sentido é o vídeo abaixo, que foi publicado em 11 de fevereiro e posteriormente legendado pelo canal MundoConectado. Confira:

 

Fonte: Tecmundo