Vacina ensina cérebro rejeitar efeitos gratificantes da droga

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A busca pela falsa sensação de liberdade, liberação da angústia ou outro motivo pode levar uma pessoa a consumir desde um cigarro até uma carreira de cocaína. É essa suposta sensação de bem estar que torna tão difícil o abandono do vício. Mas dois cientistas americanos estão dando passos largos na direção do controle do vício: uma vacina que ensina o cérebro a rejeitar os efeitos gratificantes da droga.

A vacina é baseada em uma forma inativa da droga e está atualmente em fase de testes clínicos. Ela “ensina” o sistema imunológico do indivíduo a lutar contra a cocaína verdadeira, anulando seus efeitos antes mesmo que a substância consiga atingir o cérebro e causar o “barato”.

Em algum momento, os usuários (que estão tentando parar com o vício) acabam cedendo à tentação e se tornam relapsos (voltando a usar a substância), mas aqueles que estiverem sob o efeito da vacina não terão a recompensa do uso da droga e vão acabar perdendo o interesse, explica Tom Kosten, um dos cientistas responsáveis pelo desenvolvimento do tratamento.

Como todo novo tratamento médico, a vacina incita novas questões éticas. Questões como “quem deve ser tratado”, “quais os efeitos psicológicos do tratamento nas tendências sociopatas dos usuários” e “o que acontece se usuários consumirem ainda mais drogas na esperança de sobrepujar os efeitos da vacina” não são perguntas feitas em vão.

Para os desenvolvedores, no entanto, as vantagens do uso da vacina ultrapassam as desvantagens, dando a pessoas com dependência química um novo horizonte.

Usando um princípio similar, o biologista Peter Burkhard está desenvolvendo uma forma de acabar com o vício em nicotina (presente em cigarros comuns, narguilés e charutos, entre outros): uma formação de proteínas juntas em uma nanopartícula, que entrega as moléculas de nicotina para o sistema imunológico, com efeito semelhante ao causado pela vacina desenvolvida para a cocaína.

 

Fonte: Tecmundo

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