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No Brasil comemora-se, em 9 de dezembro, o Dia do Alcoólico Recuperado, em alusão a todos os que conseguem se recuperar da dependência do álcool. Esta é a droga lícita mais consumida em todo o mundo e a que mais afeta a população. O álcool é aceito socialmente e é de fácil acesso às pessoas.
Estudos comprovam que o álcool afeta regiões no cérebro responsáveis pelas habilidades, pela memória e o aprendizado.
Segundo a Organização Mundial de Saúde, considera-se beber moderadamente os homens que consomem menos do que 21 unidades de álcool por semana e mulheres que consomem até 14 unidades de álcool por semana. Resumindo, os homens podem consumir no máximo por volta de 2 latas de cerveja por dia e mulheres 1 lata.
- Que parte da população está mais sujeita ao alcoolismo?
O consumo abusivo de álcool (assim como das demais drogas lícitas e ilícitas) está presente em todos os contextos sociais, assim como nas distintas faixas etárias. Mais de 70% (74,6%) de toda a população brasileira já fez uso de álcool ao longo da vida (54,3% no caso de adolescentes). No entanto, a prevalência de dependência do álcool (uso abusivo) é de 12,3% (19,5% no sexo masculino e 6,9% no sexo feminino). 7% dos adolescentes são dependentes do álcool, índice que é maior nas regiões norte e nordeste do Brasil. Estes dados mostram a alta prevalência do problema no país, o que gera um custo considerável para o SUS no que diz respeito à reabilitação.
- Quais suas maiores consequências?
A dependência do álcool é um dos problemas causados pelo uso excessivo desta substância. A maioria dos usuários da droga não se torna dependente, mas sofre com as consequências do uso (ex: acidentes automobilísticos, violência, desemprego, problemas de saúde em geral).
- Pode ser tratado na APS/AB?
O alcoolismo é considerado um problema de saúde pública e deve ser abordado na Atenção Primária à Saúde/Atenção Básica (APS/AB) – ou seja, é uma demanda para a Estratégia de Saúde da Família (ESF) e equipes de Unidades Básicas de Saúde tradicionais (UBS).
- Como ocorre o processo de recuperação?
O que se pressupõe enquanto cuidado do usuário de álcool é que ele receba atendimento em seu território pela equipe da ESF e que, em casos de maior gravidade, assim como nos momentos de crise, ele possa acessar os serviços da rede de atenção à saúde: Centro de Atenção Psicossocial Álcool e outras Drogas (CAPSad) – nível secundário – ou, em casos extremos, o nível terciário (leitos para internação de dependentes químicos). De qualquer forma, ele não deixa de ser assistido pela ESF e UBS, que são responsáveis pela coordenação do cuidado de seus usuários.
Fonte: TelessaúdeRS
