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Segundo o médico Osmar Terra, ex-secretário estadual da Saúde e deputado federal (PMDB-RS) afirmou neste artigo, alegar que pode ser tratamento é uma manipulação absurda. Isso não impede, porém, que uma molécula da planta, como o canabidiol, não possa ter efeito benéfico em alguma doença rara. Se comprovado, ela deverá ser retirada da planta, isolada e utilizada para aquela finalidade específica, como um comprimido ou líquido.
E é exatamente isso que a indústria farmacêutica está buscando: um método de sintetização mais eficiente para pesquisas sobre drogas. As leveduras produtoras de THC e canabidiol podem ser fundamentais para o desenvolvimento de mais aplicações clínicas para essas substâncias e a cannabis – a melhor produtora desses compostos químicos – continua proibida na maior parte do mundo.
A levedura é um organismo incrível e, assim, graças às maravilhas da genética moderna, cientistas criaram uma levedura incrivelmente versátil que produz THC e canabidiol.
“Isso é algo que pode literalmente mudar a vida de milhões de pessoas”, disse Kevin Chen, do laboratório Hyasynth Bio, ao New York Times. A levedura modificada pode não apenas permitir que cientistas produzam THC e canabidiol mais facilmente, mas também pode ajudar no entendimento de como esses compostos funcionam.
Pesquisadores vêm sintetizando THC e canabidiol há anos; a mais recente descoberta envolve leveduras que usam determinadas moléculas para produzir pequenas quantidades desses compostos químicos. Mas ainda há trabalho a ser feito: em um mundo ideal, a levedura deveria usar açúcares simples, como bioengenheiros já conseguiram fazer com leveduras produtoras de opiáceos.
Inevitavelmente, dizem os cientistas, o grande desafio é chegar a um método que funcione melhor do que as plantas de cannabis. “No momento, temos uma planta que é a Ferrari quando falamos em produção desse composto químico,” explicou o Dr. Jonathan Page. “A cannabis é difícil de ser vencida.”
Fonte: New York Times
