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Imagine a seguinte situação: você, adolescente com seus 15 anos, está em uma festa na piscina aproveitando todas e inadvertidamente bebendo com os seus amigos. Depois de muitos goles, você resolve demonstrar as suas habilidades artísticas fazendo um “duplo twist carpado” no trampolim. Você acerta um mortal de costas, e a galera vibra em uníssono: “MITOU, MITOU, MITOU”.
Porém, quando você emerge sobre as águas, algo a mais parece ter subido junto. Toda a bebida – e até um pouco de comida – acaba saindo como um jato de vômito na piscina e em alguns de seus amigos. No final das contas, o mito virou mico.
Essa é a consequência do álcool, a droga mais problemática em nosso país. Por ser legalizada em território nacional, ela faz parte da vida de praticamente todos os brasileiros, que, quando não são consumidores diretos, têm familiares e amigos próximos que são.
Por ser tão comum na vida de todos, o hábito de beber tem começado cada vez mais cedo, ainda na adolescência, resultando em situações constrangedoras como a descrita nos primeiros parágrafos deste texto.
Por isso, vamos nos conscientizar e aproveitar a maior festa brasileira, o Carnaval, para mostrar aos jovens que a festa, o verão e a vida ficam melhores quando não se bebe.
A maior prova disso é o bloco Alegria Sem Ressaca, conforme mostramos neste artigo.
Alcoolismo nunca foi problema exclusivo dos adultos. Pode também acometer os adolescentes. Hoje, no Brasil, causa grande preocupação o fato de os jovens começarem a beber cada vez mais cedo e as meninas, a beber tanto ou mais que os meninos. Pior, ainda, é que certamente parte deles conviverá com a dependência do álcool no futuro.
Não é raro o problema começar em casa, com a hesitação paterna na hora de permitir ou não que o adolescente faça uso do álcool ou com o mau exemplo que alguns pais dão vangloriando-se de serem capazes de beber uma garrafa de uísque ou dez cervejas num final de semana.
Não se pode esquecer de que, em qualquer quantidade, o álcool é uma substância tóxica e que o metabolismo das pessoas mais jovens faz com que seus efeitos sejam potencializados. Não se pode esquecer também de que ele é responsável pelo aumento do número de acidentes e atos de violência, muitos deles fatais, a que se expõem os usuários.
Proibir apenas que os adolescentes bebam não adianta. É preciso conversar com eles, expor-lhes a preocupação com sua saúde e segurança e deixar claro que não há acordo possível quanto ao uso e abuso do álcool, dentro ou fora de casa.
Fontes: Drauzio Varella & Eduardo Harrara, via Tecmundo