Nova temporada de “The Walking Dead”? Não: droga sintética!

Tempo de leitura: 2 minutos

Nosso colaborador Piti Hauer alertou, neste seu artigo, que na próxima década muitas drogas criadas em laboratório se tornarão verdadeiras “coqueluche” entre usuários das chamadas drugs designer. Entre elas, Piti citou a spice.

Spice é uma droga sintética com efeito semelhante à maconha, porém mais viciante que a heroína. Segundo especialistas, versões sintéticas como esta podem ser até cem vezes mais potentes do que a droga que ela imita.

Acredita-se que a maior parte delas é produzida na China. Em 2013, a União Europeia identificou 81 novas substâncias psicoativas, das quais 29 eram canabinoides sintéticos.

A popularização do spice preocupa muitos governos. Uma pesquisa realizada no Estado do Michigan (EUA), indica que ela é a segunda droga mais popular entre estudantes de ensino médio, atrás apenas da maconha, o que vem aumentando consideravelmente os casos de overdose também. Segundo órgãos de segurança, os usuários ficam inconscientes, parecendo-se com “zumbis”, depois de usar a spice.

A União Europeia vem alertando para as “severas consequências adversas” que podem ser geradas por seu uso. No caso das cidades estadunidenses, policiais e médicos das cidades mais atingidas pelo surto de overdose avisaram que o aumento pode estar ligado a um lote contaminado da droga. Segundo o governo dos EUA, pode haver resíduos de metais nas misturas, prejudiciais ao organismo.

“O aumento é realmente sem precedentes. Nossas equipes têm atendido cada vez mais casos. Dois investigadores saíram e só receberam chamados para casos da droga num dia da semana passada. As pessoas parecem saídas de um filme de zumbis”, conta o major Eric Gandy, de Clearwater, uma das cidades atingidas pelo aumento no consumo de spice – foram mais de 25 chamados de emergência para atender usuários da droga. “Só num dia tivemos 15 pessoas incapacitadas pela droga”.

Enquanto as autoridades de diversos países enfrentam dificuldades com o que vem se tornando um grande negócio, usuários são prejudicados pela falta de informação confiável. “Você não sabe o que está contido ali nem em que quantidade os produtos químicos foram usados”, diz Mark Piper, da empresa de testes toxicológicos Randox Testing. “Além disso, não há qualquer uso farmacêutico para estas substâncias, porque elas não foram feitas para serem usadas por humanos”, alerta ele.

 

Fonte: O Globo