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Nos Estados Unidos estima-se que 3,3 milhões de mulheres entre 15 e 44 anos expõem seus bebês a distúrbios relacionados ao álcool, o que pode prejudicar o crescimento das crianças e causar deficiência ao longo da vida.
“O risco é real. Para quê correr risco?” disse Anne Schuchat, principal vice-diretora do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dos EUA, em comunicado recomendando que mulheres sexualmente ativas, e que não usam nenhum tipo de contraceptivos, devem se abster de álcool para evitar o risco de dar à luz bebês com transtornos do espectro do alcoolismo fetal.
O atrofiamento do desenvolvimento físico, mental e comportamental das crianças tem sido cada vez mais ligado ao consumo de álcool durante a gravidez. Tanto que, em outubro do ano passado, um relatório da Academia Americana de Pediatria, declarou que “nenhuma quantidade de álcool deve ser considerada segura para beber durante qualquer trimestre da gravidez”.
Em metade das gestações não planejadas, a maioria das mulheres só descobre entre a quarta e sexta semanas de gravidez. Sendo assim, a única maneira de garantir que os efeitos do álcool não sejam repassados para o bebê seria a abstinência alcoólica, segundo o CDC.
Entretanto, se entidades como o Colégio Americano de Obstetras e Ginecologistas aplaudiram a recomendação, por outro lado houve reações negativas das mulheres em sites e redes sociais, bem como de Sarah Longwell, diretora do Beverage Institute americano, uma associação comercial de restaurantes, que considerou a “a visão do CDC” sobre o álcool “extremamente puritana”. Sarah reconhece que o uso excessivo de álcool durante a gravidez tem claro efeito nocivo sobre as crianças, mas que “aconselhar todas as mulheres férteis para evitar qualquer tipo de álcool simplesmente não é uma solução realista para este problema de saúde pública”.
(Fonte: O Globo)