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O vício em pornografia funciona à semelhança de drogas como a cocaína, segundo pesquisadores.
A questão, entretanto, está longe de um consenso na comunidade científica já que a falta de estudos do cérebro que comprovem o dano bioquímico, como já foi feito em relação ao uso da cocaína, é um problema pela impossibilidade de se formar um “grupo controle”. Ou seja: não foi possível encontrar homens adultos que nunca tivessem consumido material sexualmente explícito.
Além disso, é preciso encontrar uma definição universal para a pornografia, diferenciando-a do erotismo, para nortear os estudos.
Os números internacionais estimam que entre 50% e 99% dos homens gostam de acessar material adulto na internet. No caso das mulheres, a taxa varia de 30% a 86%. No Brasil, os dados são semelhantes.
Não é novidade que o uso da pornografia pode colaborar para uma vida sexual mais saudável, fazendo, por exemplo, com que uma pessoa conheça melhor o próprio corpo. Mas calcula-se que um em cada dez consumidores de material pornográfico não consegue interromper o hábito de forma alguma.
Depressão, ansiedade, estresse, assim como alterações na satisfação sexual, amorosa e pior qualidade de vida, estão relacionados ao uso abusivo da pornografia. A lista aumenta entre os homens que se masturbam com frequência, já que muitos relatam não atingir o orgasmo durante uma relação sexual com facilidade, possuem ereções instáveis e também têm dificuldade de se excitar com parceiras reais.
Mulheres também estão suscetíveis ao vício, mas ainda em menor número, já que elas e eles costumam se relacionar com a pornografia de formas completamente diferentes. Enquanto os homens são mais atraídos por vídeos que mostram atos sexuais fora de contextos, com exposição dos órgãos sexuais e posições específicas em close-up, as mulheres costumam ter prazer com histórias mais completas, que evoluem para o sexo.
Esta diferença fez com que a indústria pornô criasse conteúdos específicos para agradar o desejo feminino e a internet ajudou para que elas tivessem o devido acesso de forma discreta, garantindo à nova geração de meninas mais liberdade para explorar a própria sexualidade. Atualmente, 33% dos acessos a grandes canais de pornografia no Brasil são feitos por mulheres. Em todo mundo, a média é um pouco menor (25%).
Fonte: Veja