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Para grande parte da população as festas de fim de ano são regadas a bebida alcoólica. Esta tradição pode ter consequências desagradáveis.
Especialistas informam que, do ponto de vista fisiológico, o ser humano tem necessidade de algumas substâncias químicas no cérebro, que são os neurotransmissores, que se assemelham às moléculas das drogas, como o álcool, o tabaco, a cocaína, a maconha. Nestas festas de fim de ano há uma tendência à radicalização justamente pela falta dessa substância no cérebro.
É quando ocorre uma espécie de inversão de valores, com crescimento do aspecto mais materialista da data, e não dos valores espirituais, e as pessoas buscam substâncias como o álcool – que é um estimulante em pequenas doses, mas que, se tomado em excesso, acaba produzindo o efeito inverso. Ou seja, ao invés de agir como um estímulo ao sistema nervoso central, passa a provocar uma inibição desse sistema, fazendo com que aumente ainda mais a depressão. A partir daí, inicia-se um círculo vicioso em forma de abuso, o que pode ser o fator determinante de doenças como alcoolismo e dependência química.
Por conterem calorias extras quando ingeridas em grandes quantidades, as bebidas alcoólicas também podem levar à desidratação pois o álcool como que absorve a água das células, agindo como um diurético. Ou seja, o álcool estimula a formação de urina com consequente perda de água pelo organismo.
O consumo em excesso de bebidas alcoólicas aumenta os níveis de triglicérides, colesterol, glicemia no sangue, além de alterar a pressão arterial. Em consumidores regulares de grandes quantias de álcool, o etanol pode apresentar efeitos tóxicos direto no músculo cardíaco (miocárdio) e com o tempo ocasionar uma miocardiopatia alcoólica dilatada. Em portadores de insuficiência cardíaca, de qualquer origem, o consumo excessivo da bebida poderá descompensar estes pacientes.
Além do coração, também o fígado pode ser bastante afetado por esses excessos, sobretudo de álcool, trazendo mal-estar, vômitos e, em casos mais extremos, ocasionando até coma alcoólico. E como as pessoas querem aproveitar ao máximo o momento de confraternização, vai dormir muito tarde (ou nem dorme). Forma-se nova combinação explosiva: álcool demais e sono de menos causa um desgaste abusivo do corpo e da mente.
Outro alerta importante: segundo pesquisa do Instituto QualiBest, o primeiro contato dos jovens com o álcool acontece predominantemente em reuniões de família – 74% disseram beber espumantes e vinhos em justamente em datas comemorativas como Natal, Reveillon e Páscoa.
Portanto, se quer mesmo começar 2019 com pé direito, tenha muito cuidado com as bebidas alcoólicas no Réveillon.
Feliz Ano Novo!
Fonte: Exame