Potcoin, a ‘moeda da maconha’

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Bitcoin (também conhecida pela sigla BTC) é uma moeda virtual (ou digital) criada por Satoshi Nakamoto em 2009. Significa moeda bit (sendo que coin é moeda em inglês, e bit corresponde ao dígito binário, termo que expressa menor unidade de informação no contexto informático). Da perspectiva do usuário (você), o Bitcoin funciona como dinheiro para a internet, sendo a primeira implementação de um conceito chamado de “criptomoeda”: uma nova forma de dinheiro que usa criptografia para controlar sua criação e as transações, ao invés de uma autoridade central.

Eliminar os intermediários das transações (evitando assim taxas e custos adicionais) e garantir o anonimato são as duas grandes vantagens da criptomoeda.

Na esteira deste mercado em expansão, em 2014 foi criada a Potcoin. Ela funciona como qualquer moeda digital, mas com uma filosofia por trás: defender e estimular o mercado específico da maconha.

O ex-jogador de basquete americano, Dennis Rodman

Até então pouquíssima conhecida, a cotação do Potcoin disparou quando, em junho deste ano, o polêmico astro, ex-jogador de basquete da NBA, Dennis Rodman, publicou em sua conta no Twitter um vídeo sobre sua visita ao ditador Kim Jong-um, da Coreia do Norte. Cuidadosamente ensaiado, o discurso de que a viagem teria como objetivo abrir as portas para o diálogo entre aquele país e os EUA veio acompanhado de um agradecimento ao responsável por bancar a viagem, o Potcoin, a criptomoeda da maconha.

A exposição da marca, estampada ostensivamente na camiseta e no boné do jogador, colocou definitivamente a Potcoin no mapa, à frente de muitas dezenas de outras moedas virtuais que existem hoje, à semelhança do Bitcoin.

A justificativa para a concepção da Potcoin foi atender a comerciantes legais de maconha que enfrentam problemas para usar o sistema financeiro tradicional. Apesar de ter sido legalizada em alguns estados americanos, os bancos em geral se recusam a receber dinheiro proveniente da erva, pois a legislação a respeito – tanto nos Estados Unidos quando em outros países – não prevê a comercialização legal e, portanto, as transações podem ser consideradas crime.

 

Fonte: Revista Veja