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Em 2008, a China foi o primeiro país a reconhecer o vício em internet como um problema mental. Não são raros casos de jovens quem morrem em cybercafés após uma maratona de jogo on-line sem interrupção.
Por isso, o governo do país comunista está aumentando os esforços para tratar o mal moderno. Campos militares estão sendo abertos para receber um grande número de viciados. Isso mesmo: uma espécie de centro de detenção onde os internos são obrigados a seguir diretrizes militares para abandonar o vício. Militares da ativa e da reserva são empregados nestes campos onde exercícios físicos e simulações de ações militares fazem parte da rotina dos pacientes, que inclusive usam uniformes com camuflagem.
Um destes campos fica na capital chinesa, Pequim, e recebe cerca de 80 pacientes – na maioria do sexo masculino, entre 16 e 17 anos.
Como se fossem soldados de fato, os “recrutas” que não cumprem as tarefas e não seguem os padrões de rigorosa disciplina são punidos, de acordo com reportagem do Sun.
A estimativa do governo chinês é de que haja 24 milhões de viciados em internet no país. Nos últimos nove anos, trezentos centros de rehab foram abertos em várias regiões do país mais populoso do mundo.
No começo deste mês, um interno de 18 anos morreu na rehab de Hefei (província de Anhui). O corpo do interno apresentou múltiplos ferimentos, tanto internos quanto externos. Oficialmente, o governo atribui os casos de violência no centros ao comportamento agressivo dos próprios pacientes.
*(Para quem não está acostumado aos jargões militares, o título deste artigo, “Última forma”, seria algo como “não faça mais isso”. No caso, a troca do ‘a’ pelo símbolo ‘@’ é proposital por se tratar de vício em internet)
Fonte: O Globo