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O cigarro comum causa 90% dos cânceres de pulmão e até infartos e AVCs. Minutos após parar de fumar, a pressão sanguínea e a pulsação do fumante voltam ao normal.
Foi o que levou Magnus Lundback, do Instituto Karolinska, da universidade médica em Estocolmo, a investigar os cigarros eletrônicos que contêm nicotina. Em seu estudo, ele descobriu que o uso desses dispositivos contendo o estimulante pode causar um endurecimento das artérias, assim como aumentar os batimentos cardíacos e da pressão arterial.
Lundback e seu grupo de cientistas recrutaram 15 voluntários saudáveis para participarem do experimento. Nenhum deles havia usado um cigarro eletrônico antes. Os testes mostraram que, em 30 minutos após o fumo no dispositivo com nicotina, havia um aumento significativo na pressão arterial, na frequência cardíaca e na rigidez das artérias.
Os mesmos efeitos não foram detectados nos voluntários que usaram os cigarros eletrônicos sem nicotina.
“O número de usuários de cigarros eletrônicos aumentou dramaticamente nos últimos anos. Os cigarros eletrônicos são considerados pelo público em geral como quase inofensivos”, afirmou Lundback. “As indústrias marcam seus produtos de uma forma a reduzir danos e a ajudar pessoas a pararem de fumar cigarros de tabaco. Por outro lado, a segurança de um cigarro eletrônico é debatida, e uma amostra em crescimento de evidências vem sugerindo diversos efeitos adversos à saúde”, alertou o cientista.
Lundback ressalta que os resultados são preliminares, mas que, nesse estudo, já foi descoberto que há um aumento relevante na alteração da frequência cardíaca e da pressão arterial nos voluntários expostos ao dispositivo com nicotina, o que permite afirmar, então, que os cigarros eletrônicos podem, sim, aumentar os riscos de enfarte e de derrames.
E que a exposição crônica aos dispositivos com nicotina podem ter efeitos permanentes.
Fonte: O Globo