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Todos podem colaborar para o sucesso do tratamento da dependência química. Patrão, amigos, vizinhos…
Porém o suporte maior deve vir da família, considerada fundamental para o sucesso do tratamento. As chances pioram muito quando a família não está por perto.
Por isso, é sempre importante o diálogo para que o caminho da recuperação da dependência química fique mais próximo. Através dessa ferramenta é possível estabelecer metas e formas para enfrentar as adversidades. A luta se torna mais igual quando a família participa e ajuda em todo processo.
Assim, apresentamos abaixo 10 dicas para que os filhos realizem uma conversa franca e positiva com sua família sobre recuperação:
1. Contar a história aos pais. De maneira geral, explicar como estava, o que aconteceu e como está agora. É possível que eles ouçam através das lentes do desapontamento, raiva ou culpa. Isso demandará vários esforços.
2. Contar a história em etapas. Detalhes apenas quando for solicitado ou quando eles forem capazes de ouvi-la.
A capacidade dos pais em ouvir os filhos pode ser limitada pela experiência com problemas semelhantes, com álcool e outras drogas, ocorridos com outros membros da família ou, em alguns casos, por sentimentos sobre a própria experiência com o uso dessas substâncias.
3. Expressar arrependimento por qualquer dor que tenha causado a eles e fazer reparações nas formas que puder.
4. Dar aos pais informações sobre tratamentos e recuperação – essas informações podem ser obtidas nos grupos de apoio.
5. Apresentar aos pais os processos que levam à recuperação. Convidá-los para reuniões abertas e prepará-los sobre o que esperar. Curiosamente, é considerado normal alguns pais sentirem, de alguma forma, ciúmes dos conselheiros profissionais e grupos de apoio.
6. Ajudar os pais a se conectarem com outros pais e encoraja-los a frequentarem grupos de apoio.
7. Alinhar com os pais maneiras e caminhos para que eles possam apoiar a recuperação. Algumas delas podem ser bem simples, como por exemplo, transporte para os encontros com conselheiros ou grupos de apoio.
8. Deixar os pais cientes que o ex-usuário precisa ser responsável por sua recuperação e isso é uma coisa que eles não podem fazer por ele.
9. Alinhar as expectativas de forma clara. Elucide o que cada um fará para melhorar a comunicação e solucionar possíveis problemas no futuro.
10. Caso os pais não estejam prontos para comunicação e apoio, o melhor é procurar outras fontes que possam oferecer apoio e orientação, até que os mesmos estejam abertos ao dialogo.
Fonte: William Whitte. Publicado originalmente em Faces & Vozes da Recuperação no Brasil