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Como já aprendemos neste artigo, a junção dos três elementos mais famosos da música – “Sexo, drogas e rock’n roll” – ganhou repercussão em 69, na primeira edição do festival Woodstock. Porém toda regra tem sua exceção.
Aos 36 anos, casado e pai de três filhos, Brandon Flowers, vocalista da banda de rock The Killers, é mórmon praticante. Criado nos arredores de Las Vegas e tendo de lidar com o pai alcoólatra, que trabalhava em um supermercado, até os 5 anos, quando seu progenitor se converteu à religião, Flowers desbanca aquela fama de rock star de vida torta, adepto do álcool e das drogas ilícitas em abundância: “Isso é uma grande besteira. As pessoas são livres para fazer o que bem entendem. Eu não preciso beber, usar drogas e ter fama de extravagante para legitimar o rock ou qualquer outra coisa”, disse ele em entrevista ao jornal Estadão.
Flowers, dono de uma das vozes mais interessantes da geração 2000, portanto, faz o tipo certinho, frequentando a igreja sempre que possível, quando não está viajando. Um de seus filhos recebeu o nome de Ammon em homenagem a um missionário de O Livro de Mórmon. “Não dou a mínima para o que falam sobre mim. Procuro ser apenas eu mesmo”, conclui.
De fato, as escolhas são pessoais, mas cada uma leva a um resultado diferente. Muitas pessoas não vão morrer pelo uso de drogas, mas seu uso pode trazer inúmeros prejuízos e consequências só percebidas depois de muitos anos. É necessário, porém, que as pessoas desenvolvam uma consciência crítica para perceber que usar drogas não é só uma diversão: é também uma escolha que demonstra muitas vezes uma falta de habilidade emocional muito grande e que a pessoa, querendo ou não, admitindo ou não, pode sofrer consequências gravíssimas.
The Killers é uma das poucas bandas de rock que conseguiram se manter na ponta, mesmo depois de tantos anos em atividade. E o vocalista Flowers, assim, engrossa a lista dos astros do rock que nunca usaram drogas.
Fonte: Estadão