A gralha e os corvos

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Uma gralha de tamanho descomunal olhava seus semelhantes com desdém. Partiu então em busca dos corvos para morar com eles. Mas os corvos, que nunca a tinham visto, expulsaram-na sem piedade. Rejeitada por eles a gralha voltou para os seus. Mas estes não lhe perdoavam o orgulho: não a aceitaram de volta. E ela não pôde viver nem com uns nem com outros.

Não troques tuas terras por outras: nestas serás rejeitado por ser estrangeiro e naquelas teu desprezo será devolvido com ódio.

Devemos viver bem com nossa família!

Enquanto o paciente está em recaída, suas intenções sociais limitam-se, em grande parte, a contextos relacionados ao consumo do álcool e de outras drogas. O resgate de relacionamentos saudáveis deve ser criterioso, minimizando os riscos de contato com as antigas companhias de uso.

Manter-se bem informado sobre a dependência de álcool e de outras drogas e sobre tratamento é muito importante para a realização de uma reinserção social segura e satisfatória.

Além de possibilitar uma fonte de satisfação pessoal, o convívio em sociedade contribui na construção de uma nova autoimagem sadia, consolidando mudanças no estilo de vida. Essa alteração no autoconceito auxilia no fortalecimento da autoeficácia e em menor risco de exposição a situações tentadoras. Manter-se próximo a pessoas que compartilham de interesses comuns aumenta o engajamento em atividades saudáveis distantes das drogas. Além de contribuir para o adequado uso do tempo ocioso, a reconstrução de vínculos desperta o sentido de pertencimento.

Outro fator associado é a restauração dos laços familiares. Conflitos decorrentes do uso do álcool e de outras das drogas e suas consequências são capazes de romper vínculos familiares relevantes.

Especial atenção deve ser dedicada ao grupo familiar do paciente, quer pelas demandas da codepêndencia, quer pela importância desses relacionamentos no processo de recuperação. Pessoas consideradas referência para o paciente são convidadas a participar do tratamento e a discutir questões de convivência que contemplem os interesses dos parentes e atendam às necessidades do paciente. Não raro, a indicação de terapia familiar auxilia na aproximação e na resolução de conflitos passados. A proximidade afetiva com familiares, cônjuges e companheiros auxiliam no manejo da ansiedade e de estados emocionais negativos, como insegurança e irritabilidade.

Praticar a tolerância

A intolerância dos outros não deve nos preocupar em demasia. Não podemos evitar o que os outros sentem e somos responsáveis perante nós mesmos e pela nossa entrega ao Poder Superior. Por ninguém mais. Quando as pessoas se opõem a nós, devemos procurar não nos zangar, mesmo sabendo que estamos certos.

Ninguém pode se opor à ordem da natureza ou à vontade divina. Nossos planos pessoais ou nossa obstinação podem ser frustrados, mas devemos tentar entender que há planos muito maiores.

Sou tolerante mesmo com os que se opõem a mim?

“Senhor, rogo-Te que me ajudes a guardar-Te em meu coração e a saber que estou construindo o que nunca será demolido.”

 

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