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De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), doenças ligadas ao estilo de vida, incluindo diabetes e alguns tipos de câncer, matam 16 milhões de pessoas prematuramente a cada ano.
Essas condições são fomentadas por hábitos pouco saudáveis como fumar, abusar do álcool e consumir muita gordura, sal e açúcar. Isso tudo provoca uma epidemia de doenças que, juntas, constituem a principal causa de morte a nível mundial.
Essas enfermidades, como doenças cardiovasculares, diabetes, doença pulmonar e uma variedade de cânceres, mataram um total de 38 milhões de pessoas ao redor do globo em 2012, sendo 16 milhões com idade inferior a 70 anos.
Dessas 16 milhões de mortes prematuras, 82% ocorrem em países pobres e de renda média.
Hoje, cerca de seis milhões de pessoas morrem cedo por ano devido ao uso do tabaco, 3,3 milhões por abuso de álcool, 3,2 milhões por falta de atividade física e 1,7 milhão por comer muito sal.
Um total de 42 milhões de crianças com menos de cinco anos de idade são consideradas obesas, e estima-se que 84% dos adolescentes não fazem exercícios físicos suficientes.
A maioria dessas doenças poderia ser evitada com apenas pequenos investimentos, segundo o relatório da OMS.
Milhões de vidas poderiam ser salvas se investíssemos mundialmente US$ 11,2 bilhões por ano na próxima década, ou US$ 1 a 3 por pessoa, na promoção de hábitos mais saudáveis (cerca de R$ 29,64 bilhões ou R$ 2,6 a R$ 8 por pessoa).
Passos simples e de baixo custo, como a proibição da publicidade de tabaco e de álcool e a tributação de alimentos e bebidas que contêm altos níveis de sal e cafeína, já tem sido bem sucedidos em uma série de países.
Por exemplo, na Turquia, a proibição da publicidade dos produtos do tabaco, combinada com o aumento de preço significativo e as advertências de saúde, diminuíram as taxas de tabagismo em 13,4% desde 2008.
Na Hungria, a tributação pesada de componentes pouco saudáveis de alimentos e bebidas levou a uma queda de 27% nas vendas dessas comidas “porcarias”.
E, caso não gastemos essa quantia praticamente insignificante para promover bons hábitos de vida entre a população mundial, podemos perder muito mais dinheiro.
“Quando as pessoas adoecem e morrem no auge de suas vidas, a produtividade sofre, e os custos de tratamento dessas doenças podem ser devastadores”, disse a OMS.
Se nada for feito para melhorar a situação, mortes prematuras vão sugar US$ 7 trilhões (cerca de R$ 18,53 trilhões) da economia global durante a próxima década.
Fonte: Medical Xpress