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Não é de hoje que vemos métodos nada convencionais de se embriagar. Nos Estados Unidos e Europa, vídeos se espalharam na internet com adolescentes pingando vodca nos olhos, método chamado por eles de “vodka eyeballing”. Meninas que encharcam absorventes internos de álcool e os colocam na vagina também tem parecido uma prática difundida, além de beberem álcool em gel.
E não para por aí: recentemente, um jovem americano foi hospitalizado em coma alcoólico depois de introduzir uma grande quantidade de vinho por meio de um tubo inserido no reto.
Além de consumir bebida via anal, as meninas têm a opção do consumo pela vagina.
Parece loucura. E é.
Além do estômago e intestino, o álcool é mais rapidamente absorvido pelas mucosas do corpo, desde a boca até o ânus e a vagina. Enquanto uma taça de vinho, por exemplo, demora uma hora ou duas para ser processado ao ser ingerido pela boca, pela mucosa o consumo leva minutos.
Entretanto, da mesma forma que o álcool irrita o estômago, ele também vai irritar o ânus e a vagina, o que pode gerar problemas sérios a curto, médio e longo prazo.
Sem contar o comportamento extremamente invasivo ao corpo, o ânus, por exemplo, tem mais terminações nervosas e mucosas mais expostas, o que causa uma absorção mais rápida e compromete a percepção da quantidade ingerida. Isso porque quando a pessoa bebe normalmente, consegue identificar a hora de parar. Ainda assim, após parar, o risco de passar mal é muito alto, já que existe uma grande quantidade de álcool no estômago a ser metabolizado. Nos casos de consumo por outras vias, a substância vai ficar ali até ser completamente absorvida.
Mas pasme – a técnica não é nova: índios aqui da América faziam enemas de tabaco para usar a droga pelo ânus que, desta forma, chegava ao cérebro mais rapidamente e com um “rendimento” maior, pois quando se queima, se come ou se bebe uma substância, grande parte da droga é destruída no calor ou no fígado.
Segundo a Dra. Zila Van Der Meer Sanchez, pesquisadora do Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), da Unifesp, os adolescentes que chegam aos prontos-socorros alcoolizados usam menos destas práticas no Brasil do que em outros países, apesar de já terem sido registrados alguns casos.
Fonte: Terra Notícias