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“Quando lemos sobre a criação corremos o risco de imaginar que Deus tenha agido como um mago. Não é assim”, afirmou o papa a cientistas.
O papa Francisco, que era químico antes de entrar na Companhia de Jesus, reconheceu as Teorias do Big Bang e da Evolução como corretas e disse que elas não são incompatíveis com a existência de um Criador. As declarações foram feitas em evento na Pontifícia Academia de Ciências, no Vaticano. “Quando lemos no Gênesis (primeiro livro da Bíblia) sobre a criação, corremos o risco de imaginar que Deus tenha agido como um mago com uma varinha mágica capaz de criar todas as coisas. Mas não é assim”, disse.
Em seguida, ele ressaltou que a Teoria do Big Bang, a explicação mais aceita pela comunidade científica atualmente para a origem do mundo, não se opõe à necessidade de existência do Criador divino. Pode ser verdadeiro.
O papa demonstrou concordar com a Teoria da Evolução e lembrou, entretanto, que ela “requer que, antes, os seres tenham sido criados”. “Deus criou os humanos e permitiu que se desenvolvessem seguindo leis internas que deu a cada um para que alcançassem sua realização”, afirmou Francisco.
Órgão de atuação independente da Igreja – apesar de, na maior parte, ser financiado por ela – a Pontifícia Academia de Ciências foi fundada em 1603, sob o nome de Academia dos Linces. É formada por 80 pesquisadores de todo o mundo, todos nomeados vitaliciamente pelo papa. Os cientistas discutiram justamente a evolução do conceito de natureza.
“Para a Igreja e a teologia, não há nada de novo. O papa Francisco, na verdade, está falando para o povo, manifestando essa idéia de maneira mais simples. Essas hipóteses científicas são discutidas na Igreja há muitos anos”, disse o teólogo Fernando Altemeyer, professor de Ciências da Religião da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O que Francisco quer dizer não é que a Igreja vai se meter nas questões científicas, mas que essas hipóteses não afetam a fé em Deus.
“Desde Pio XII, há uma corrente de papas abertos ao pensamento científico”. “João Paulo II falou sobre Galileu. Bento XVI também promoveu diálogo com a ciência.”
“Não há nenhuma novidade na fala (do papa Francisco). As questões do Big Bang e da Evolução são tranquilas para a Igreja, pois essa é a sua posição desde 1943, quando houve um grande avanço com a publicação da carta encíclica Divino Afflante Spiritu, na qual o papa Pio XII declara que a Igreja aceita tais teorias como hipóteses.”
Se as declarações do papa foram em tom conciliatório com a ciência, os participantes do evento também pareciam afinados com as preocupações sociais do papa. Ressaltamos que é papel dos pesquisadores a preocupação com os problemas sociais.
“A ciência tem de assumir sua responsabilidade social. Queremos avançar em termos de conhecimento, mas também temos de colaborar para a resolução dos importantes desafios que a sociedade está enfrentando.”
Em 1996, o mesmo João Paulo II declarou que a Teoria da Evolução era “mais do que uma hipótese, um fato efetivamente comprovado”.
Antecessor de Francisco, o papa Bento XVI demonstrou aceitar a explicação do “design inteligente” como sustentação da Teoria da Evolução. Em 2005, um de seus colaboradores mais próximos publicou artigo, nesse sentido, dizendo que “a evolução no sentido da ancestralidade comum pode ser verdadeira”.
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Só prova que os papas e todo o sistema católico é falso.
Porque se fossem cristãos como se dizem, não negariam as escrituras, as quais dizem seguir..
Pois está escrito que Deus é o criador.