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As resposta culturais e habituais por parte das famílias à dor ou à crise de um dos membros é a proteção. Através da redução da dor procura-se acalmar a crise e ajudar o membro afetado com o objetivo de protegê-lo e de proteger a família. Esta reação familiar é universal e manifesta-se principalmente no caso das doenças agudas.
Em se tratando de dependência química, assim como em várias outras situações, estas respostas não resolvem os problemas, pois impedem que o dependente químico aprenda com as experiências dolorosas que levam à consciência de que a dependência lhe está criando problemas.
Codependência é uma resposta normal a uma situação anormal. Neste primeiro estágio a codependência é da adicção.
Vários casos relatados revelam que a manifestação da Síndrome da Codependência respeita em geral uma certa ordem de acontecimentos. Nota-se, por exemplo, que quando estas respostas prescritas culturalmente para o estresse e para a crise não trazem o alívio à dor causada pela dependência química na família, os familiares persistem em assumir responsabilidades.
Fazem as mesmas coisas, porém mais vezes, com mais intensidade, com mais desespero. Tentam dar mais apoio, serem mais úteis, mais protetores. Assumem as responsabilidades dos dependentes e não percebem que isto os leva a se tornarem mais irresponsáveis.
Com esta reação da família, as coisas pioram ao invés de melhorar, e a sensação de fracasso intensifica os esforços. Os familiares experimentam frustração, ansiede e culpa. Existe uma crescente autocensura, uma diminuição do autoconceito e comportamentos que levam ao fracasso. Os familiares tornam-se isolados. Focalizam o comportamento dependente e suas tentativas de controlá-lo. Têm pouco tempo para se dedicar Às próprias atividades. Como resultado, perdem o contato com o mundo fora do círculo familiar disfuncional.
A resposta habitual e continuada à dependência no meio familiar resulta em padrões repetitivos de comportamentos autodestrutivos. As tentativas familiares pata o esforço de ajuda, via de regra, fracassam.
Os sentimentos, os pensamentos e o comportamento dos codependentes estão fora de controle e continuarão independente da adicção. A degeneração dos codependentes torna-se visivelmente física, emocional e social.
A degeneração social acontece quando o foco da adicção interfere nos relacionamentos e nas atividades sociais. A degeneração espiritual ocorre quando o foco do problema se torna tão grave que não há mais interesse em nada além dele, principalmente preocupações e necessidades relacionadas à um maior significado na vida.
Lidar com a tragédia
A tragédia faz parte da vida. Se não as enfrentamos agora, parece sempre ter uma tragédia iminente, grande ou pequena. Mas o efeito da tragédia mistura-se com a vitória e a derrota.
A derrota está em saber que não podemos mudar as circunstâncias materiais da situação. A vitória está em saber que este fardo não é só nosso; é também o fardo de um Deus amoroso, conforme o entendemos.
Há um Pode Superior em ação, e em toda tragédia há o poder do amor buscando expressar-se na situação e em nós. A nobreza desta vida só fracassa quando não deixamos os resultados com Deus.
Sei lidar com a tragédia?
“Pai, mesmo quando for difícil, ajuda-me a ser amável com meus irmãos como és amável comigo.”