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Já mostramos neste artigo que, ao assumir um tom pessimista e alarmista a respeito das drogas ilícitas, os meios de comunicação muitas vezes deixam de informar que os maiores problemas com drogas em nosso país, ainda são decorrentes do consumo das drogas lícitas. Com isso, resta aos pais um controle desmedido da vida dos jovens em detrimento de ações muito mais efetivas, como a aproximação e o diálogo.
Outra ação efetiva que vem se tornando comum graças às redes sociais, é a campanha pessoal, em que cada um expõe sua dor causada pelas drogas.
É o caso, por exemplo, da família de Connor Reid Eckhardt, de 19 anos, que lançou uma cruzada contra a “maconha sintética”.
Connor morreu há pouco menos de um mês após usar uma única vez uma mistura de ervas com substâncias químicas que criam efeito similar ao da cannabis, a “K2” ou “Spice”, como também é conhecida. Legalizada em vários estados norte-americanos, a mistura levou o Eckhardt a entrar em coma imediatamente.
Devin Eckhardt, pai do jovem, disse à emissora estadunidense KTLA que Connor cedeu “num momento de pressão dos colegas” acreditando que “seria ok, até seguro, de alguma forma. Uma tragada depois, ele adormeceu e nunca mais acordou”, disse Devin.
Os pais de Connor criaram, então, uma página no Facebook para compartilhar informações sobre a vida do jovem e os malefícios da droga sintética.
Na descrição da página somos informados que “Connor Eckhardt morreu após dar UMA TRAGADA na ‘maconha sintética’. Essa substância perigosa é legal. Ajudem-nos a salvar vidas e compartilhem”.
De imediato, os médicos tiveram dificuldade de identificar a droga no corpo do jovem. Isso só foi possível porque o pacote de “Spice” ainda estava no bolso de Connor que, com o inchaço do cérebro provocado pelo uso da droga, sofreu um grande aumento da pressão intracraniana e teve a morte cerebral decretada no mesmo dia. A família decidiu doar seus órgãos, o que lhes rendeu mais um período ao seu lado.
Outro caso, também acontecido nos EUA, chocou a internet: Brenden Bickerstaff-Clark publicou no Facebook um vídeo onde revela ao único filho que a mãe morreu de uma overdose de drogas. O alerta foi visto mais de 31 milhões de vezes e foi compartilhado mais de 700 000 vezes.
“Essa foi uma das coisas mais difíceis que eu já tive que fazer. Meu filho não tem uma mãe por causa da heroína. Por favor, vamos procurar ajuda para que nossas crianças não tenham que sofrer“, desabafou o pai nas redes sociais, admitindo que já foi um dependente químico, mas que está há mais de três meses sem usar drogas.
“O vídeo não foi encenado. É real. Eu pedi para alguém gravar para que dependentes químicos com filhos possam ver com seriedade a nossa epidemia. Eu mesmo estou me recuperando e completando 94 dias limpo. Por favor, compartilha e, talvez, ajude a salvar a vida de um pai de uma criança“, pede o rapaz na mensagem.
No vídeo, que você pode assistir ao final deste artigo, é possível ouvir Brenden dizendo ao menino de 8 anos de idade: “Mamãe morreu na noite passada“. Após o choque inicial, a criança pergunta o motivo e quando o pai responde com honestidade, ele começa a chorar. O pai então segura suas mãos dizendo que sente muito.
O registro foi publicado após um relatório revelar que o consumo de heroína nos Estados Unidos atingiu o nível mais alto nos últimos 20 anos. Já a “maconha sintética”, que matou Connor, já provocou diversas mortes e incidentes deste tipo.
Fontes: Extra e Veja