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Preocupados com o aumento do consumo de cerveja pelos jovens britânicos, um grupo de psicólogos da Universidade de Bristol decidiu investigar como o formato do copo influencia no consumo de álcool.
160 jovens universitários, saudáveis e sem indícios de alcoolismo, foram selecionados para participar de um teste com direito a cerveja e refrigerante. Divididos em oito grupos, alguns ganharam 177 ml ou 354 ml de uma das bebidas, servidas em copos retos ou com curvas.
Eles bebiam cerveja ou refrigerante enquanto assistiam a um filme e os pesquisadores avaliavam o tempo que cada um levava para finalizar o caneco. Eles perceberam que, entre aqueles que beberam cerveja num copo de 354 ml, quem tinha o copo reto levava 5 minutos a mais para tomar toda a bebida (8 minutos x 13 minutos). Mas não houve nenhuma diferença quando o copo de cerveja, curvo ou reto, tinha só 177 ml.
Segundo Angela Attwood, líder da pesquisa, quem bebe cerveja socialmente “tende naturalmente a se observar, e eles sabem se estão bebendo muito rápido pela velocidade com que chegam ao meio do copo”. Acontece que o ponto médio em um vidro curvo é ambíguo. Ou seja, as pessoas não sabem se já beberam ou não metade da cerveja que estava no copo. Então, como perdem a referência, acabam bebendo bem mais rápido.
O aumento de bebedores foi detectado por uma pesquisa feita com jovens entre 18 a 34 anos que detectou, também, um fato curioso: a metade dos mil entrevistados demonstrou ter se arrependido de uma compra feita quando embriagado. Entre as compras de impulso indiretas admitidas estão aulas de voo, associação vitalícia em um clube de remo, 250 libras esterlinas (algo em torno de mil reais) em brinquedos da linha Star Wars, 30 pares de chinelos e até uma galinha viva.
Para ajudar a estes consumistas movidos a álcool, a consultoria britânica iBeTSE desenvolveu o aplicativo DrnkPay. A ideia é conectar o smartphone ao cartão de débito ou de crédito a um bafômetro. O biosensor vai medir quanto a pessoa bebeu e limitar suas compras. O usuário poderá escolher se quer bloquear somente compras em bares ou também online, por exemplo. Uma pulseira instalada no pulso (ou um bafômetro) tem um biosensor, que mede quanto a pessoa já bebeu e envia essa informação para o app via bluetooth.
Se o teste de bafômetro der abaixo do limite predefinido pelo usuário, o cartão é ativado e ele pode fazer o pagamento por meio da própria pulseira. Se ele ultrapassar o limite, seu cartão será bloqueado por 12 horas – exceto para chamar um Uber e chegar em casa com segurança.
A iBeTSE está negociando com os bancos para oferecer a tecnologia que deve demorar cerca de um ano para estar ativo e disponível para sistemas iOS e Android.
Fontes: Exame e site oficial DrnkPay