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O termo droga originou-se da palavra droog, do holandês antigo, que significa folha seca. Isso porque, antigamente, quase todos os medicamentos eram feitos à base de substâncias obtidas das plantas.
Em linguagem popular, drogas tem um significado de coisa ruim e sem qualidade. Em linguagem médica, é qualquer substância capaz de modificar a função dos organismos vivos, resultando em mudanças fisiológicas ou comportamentais, sendo o medicamento sinônimo de droga.
Psicotrópico
Esta palavra é composta dos radicais psico e trópico. Psico é uma palavra grega que significa mente. Trópico, que vem do tropismo, significa ter atração, afinidade. Portanto, drogas psicotrópicas são aquelas que têm uma afinidade com o Sistema Nervoso Central – SNC, em especial sobre o cérebro, alterado de alguma maneira o comportamento.
Drogas e dependência
As drogas lícitas são aquelas permitidas por lei, como o álcool, o tabaco e os medicamentos (drogas prescritas). As ilícitas são as proibidas por lei, como a maconha, a cocaína e o crack.
As drogas causam dois tipos de dependência. Dependência física é um estado de adaptação biológica que se manifesta por meio de transtornos, mais ou menos intensos, quando se suspende bruscamente a droga. Dependência psíquica é o uso compulsivo de uma droga. A pessoa sente a necessidade irreprimível de tomá-la, embora o organismo não necessite dela.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a tendência é aceitar que uma pessoa seja dependente se o uso que vem fazendo da droga indicar, no mínimo, três dos seguintes sintomas e sinais ao longo dos últimos 12 meses:
- Um forte desejo ou ação compulsiva de consumir a droga.
- Consciência subjetiva de um prejuízo na capacidade de controlar o comportamento de tomar a droga, em termos do seu início, término ou níveis de consumo.
- O uso da substância com a intenção de atenuar sintomas de abstinência e consciência desta estratégia.
- Um estado fisiológico de abstinência.
- Evidência de tolerância, pois doses crescentes da substância são requeridas para alcançar os efeitos originalmente produzidos.
- Relaxamento nas atitudes pessoais no que diz respeito ao consumo de drogas (por exemplo, passar a utilizá-la em ambientes não propícios e a qualquer hora).
- Negligência progressiva de prazeres e interesses diversos, em favor do uso de drogas. Alertamos que o retorno ao uso da substância, depois de um período de abstinência, leva a uma reinstalação mais rápida do quadro anterior.
Confissão de um usuário de crack:
“Eu confesso, ó Deus, que sou pecador, muito antes de ser um dependente químico. Confesso que fui simples demais, ingênuo demais, bobo demais, descuidado demais, ousado demais, despreparado demais. Confesso que tomei o caminho das drogas e me afundei nelas. Sou um desgraçado usuário de crack. Pequei contra o corpo, contra meus pais, contra a sociedade e contra mim mesmo.”
“Os dois caminhavam de pileque, altas horas da madrugada.
– Como é Godofredo, sua mulher não reclama de você… hic… chegar assim… hic… de madrugada…
– Hic… ela nem sabe… eu não deixo vestígios… hic… quando ela chega, eu já estou dormindo!… hic.”
Não vamos fechar os olhos diante dos problemas das drogas!