Trocando seis por meia dúzia

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O “fim da linha do cigarro” – o fim definitivo da produção e consumo do cigarro – já está sendo visto no horizonte por alguns especialistas. A própria indústria do tabaco também ouve o soar das trombetas anunciando o apocalipse do fumo.

A principal empresa internacional de tabaco do mundo, a Philip Morris International (PMI) tem anunciado o planejamento de um futuro “smoke-free”, em que a produção de cigarro seria gradualmente abandonada e substituída por dispositivos eletrônicos para fumar.

É bom lembrar que a Philip Morris já flertou com o negócio da maconha no final da década de 60 e início da de 70.

Agora, a empresa está fazendo esforços significativos para acelerar a transição do cigarro convencional para outras formas menos nocivas de produtos de tabaco. Para isso, desenvolveu um dispositivo eletrônico de tabaco aquecido, o IQOS.

O plano da empresa é que o IQOS, que já está à venda em 23 países, chegue até 35 mercados até o fim de 2017.

Apesar de no Brasil, até o momento, a venda, importação e propaganda de qualquer dispositivo eletrônico para fumar são proibidas pela Agência Nacional de Vigilância em Saúde (Anvisa), segundo a Resolução RDC 46/2009, a Souza Cruz, empresa líder no mercado legal de cigarros no país, também sugere a possibilidade de incluir cigarros eletrônicos em seu catálogo de produtos.

Criados no início dos anos 2000, os cigarros eletrônicos vêm se multiplicando em modelos, sabores e controvérsia – existe, atualmente, uma divisão mundial entre os especialistas em controle do tabagismo: de um lado, os que acreditam que o cigarro eletrônico poderia ser usado como estratégia de redução de danos; do outro, os que defendem a manutenção da proibição do e-cig. Mas novos dados científicos mostram, no entanto, que o produto pode mesmo ser perigoso – talvez até mais nocivo – que o próprio tabaco.

A começar pela saúde bucal. Estudos anteriores afirmam que uma temperatura a partir de 60 graus já é suficiente para provocar lesões celulares na boca. O cigarro eletrônico, apesar de atingir uma temperatura menor do que o do cigarro tradicional, pode chegar a até 350 graus.

 

Fonte: G1