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Eles prometem diminuir o apetite, acelerar a queima de gordura e, consequentemente, causar o emagrecimento. Tudo isso em pouco tempo. Parece maravilhoso para qualquer pessoa que queira diminuir as medidas. Parece, mas não é.
Desde 2007 uma pesquisa realizada pela ONU (Organização das Nações Unidas) apontou o Brasil como o maior consumidor mundial de remédios para emagrecer. Por conta deste crescimento acelerado, desde janeiro de 2008 a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) estabeleceu regras mais rígidas para a comercialização e consumo de remédios para emagrecimento, limitando as doses máximas de cada substância com o intuito de minimizar o consumo das anfetaminas no Brasil.
Existem três classes deste tipo de remédio e nenhuma delas apresenta contraindicações, desde que sejam bem administradas e não haja abuso na posologia. A primeira classe é formada pelos anoxerígenos ou catecolaminérgicos, os famosos inibidores de apetite. O segundo grupo estimula a saciedade. Ao invés de liberarem noradrenalina, eles trabalham com a serotonina, como a fluoxetina, por exemplo. O terceiro grupo é o dos bloqueadores de absorção intestinal de gorduras, que são os menos procurados. Eles impedem que o organismo absorva toda a gordura que foi consumida, eliminando-a por meio das fezes.
Em comum entre as três classes é que o abuso destes medicamentos pode causar ansiedade, crises de pânico dores de cabeça, pressão alta, palpitações cardíacas e arritmias, incluindo ataques cardíacos, agressividade e, em alguns casos, a overdose – um problema comum quando se toma essas pílulas dietéticas, o que conduz a um maior risco de dependência tanto física como psicológica. O potencial de overdose acidental ou proposital sempre existe, e com os remédios para emagrecer não é diferente.
Foi o que aconteceu com Elvis Presley, segundo Priscilla, viúva do eterno Rei do Rock: ele teria se suicidado, ingerindo propositalmente medicamentos para emagrecer em excesso.
É o que revela um novo documentário sobre Elvis Presley, produzido pela HBO, Elvis Presley: The Searcher, com estes e outros detalhes desconhecidos sobre a vida e morte do cantor.
Em um vídeo feito após a morte do cantor, Priscilla afirma:
Ele sabia o que estava fazendo e o que poderia acontecer (se errasse a dose). As pessoas me perguntam o motivo de eu não ter feito nada, (…) mas ninguém conseguia falar o que Elvis deveria fazer ou não.
O também cantor Joe Esposito, amigo pessoal de Elvis, divulgou há alguns meses trechos de cartas em que o cantor escreve: “Eu estou doente e cansado de minha vida, eu preciso descansar”.
Elvis morreu em 16 de agosto de 1977, aos 42 anos. Na época, os médicos que constataram sua morte trabalharam com a hipótese de overdose acidental de medicamentos para emagrecer. Entretanto, estas revelações recentes corroboram com a tese de que o cantor teria aumentado a dose dos remédios de forma proposital.
O documentário Elvis Presley: The Searcher estreia no dia 14 de abril na HBO. Assista ao trailer abaixo:
Fonte: Estadão