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De acordo com a Organização Mundial da Saúde, um bilhão de pessoas são consideradas dependentes da nicotina. Este número poderia ser bem menor, segundo pesquisadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos. Como? Com um simples bate papo com uma enfermeira (ou enfermeiro).
Não estamos falando, claro, de cantadas e/ou paqueras.
“Hospitalização é a hora perfeita para ajudar pessoas a pararem de fumar. Eles estão mais motivados e enfermeiros podem explicar como fumar prejudica a saúde – inclusive atrapalhando a cura”, afirmou, em comunicado, Sonia Duffy, pesquisadora que liderou o estudo.
Ela e seus auxiliares treinaram profissionais de enfermagem que trabalham em três hospitais do estado de Michigan para saber responder perguntas e dar dicas de como largar o vício. Os profissionais de saúde envolvidos também recebiam um guia que lhes ensinava a como agir nas mais diferentes situações; e eram acompanhados de médicos que indicavam as melhores alternativas para cada paciente iniciar sua parada: alguns eliminavam a nicotina imediatamente, outros mascavam chicletes, ou tomavam remédios voltados para o fim do hábito de fumar.
Por sua vez, os pacientes recebiam da enfermagem um kit formado por folhetos com conselhos sobre parar de fumar, um DVD com uma apresentação sobre tabagismo, um número de telefone para que eles ligassem se sentissem que precisavam conversar com alguém – e até recebiam ligações de um grupo de voluntários, que perguntavam sobre como estava a abstinência.
O estudo levou três anos. Durante este período, mais de 1500 pacientes foram analisados, e a resposta foi bem clara: 16,5% dos pacientes que passaram por esse procedimento realmente pararam de fumar – contra 5,7% de outros dois hospitais da região que não tinham o programa.
O estudo é relevante até porque não usou apenas pacientes que efetivamente estavam em busca de cortar os vínculos com o cigarro. Qualquer fumante maior de idade que estivesse passando pelo hospital, por qualquer motivo, poderia ser abordado pela equipe de enfermagem.
E esta abordagem, em geral, era bem curtinha. Os bate-papos duravam, em média, 9 minutos. Tempo insuficiente para uma paquera, mas o bastante para deixar de fumar.
Fonte: Superinteressante