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Sempre a velha dúvida a respeito da vida, ou seja: por que tudo tem a tendência de ser ruim? Por que tudo tem a tendência de levar ao negativo? Por que eu tenho de ficar pensando em coisas boas, pois caso o contrário sempre tenho tendência a pensar negativo? Por que aparentemente o mal sempre parece prevalecer?
Essas dúvidas, muitas vezes filosóficas, parecem ou acabam refletindo, pensamentos sobre a vida e etc… . Isso acabou me remetendo a uma resposta que a principio é bem simples, a Entropia.
Entropia é a tendência que os sistemas têm para o desgaste, para desintegração, para o afrouxamento dos padrões. À medida que a entropia aumenta, os sistemas se decompõem em estados mais simples. A entropia aumenta com o decorrer do tempo.
Pela física (Lei da Termodinâmica), a entropia caracteriza um sistema que não troca energias com o meio ambiente levando-o invariavelmente à desintegração.
Se a entropia tende a desorganização, é necessário abrir o sistema e reabastecê-lo com energia e informações a fim de manter a sua existência. A esse processo dá-se o nome de entropia negativa ou negentropia.
Se pudermos observar o princípio da entropia, ele acabará funcionando em qualquer sistema, onde sistema caracteriza-se por um conjunto de partes que fazem um todo. No caso do ser humano, ele esta inserido como uma parte dentro do eco sistema.
Uma vez que o homem faz parte de um sistema também está sujeito as leis da entropia e isso acaba explicando o porquê o ser humano é tão perecível e talvez por que aparentemente o mal sempre esteja em primeiro lugar nas atenções.
Se o ser humano não faz nada por si mesmo ao decorrer da vida, ou seja, alimentar-se, exercitar-se, espiritualizar-se, intelectualizar-se, evoluir através das mudanças, indo numa direção de evolução, muito provavelmente cairá sob as ordens da entropia fazendo que agora, seu sistema físico e psicológico, comece a colapsar e isso simplesmente por inatividade, ou como citado acima, por falta de troca de energias, mudanças de comportamento e por falta de informação a fim de manter sua existência.
Em termos de dependência química e suas relações familiares o que podemos depreender disso?
Normalmente o dependente químico sai de um lar estruturado em um “modelo” de comportamento/funcionamento que até então de alguma forma colaborava com a sua dependência. Uma vez que esse familiar dependente entrar em um tratamento, uma mudança precisa acontecer dentro do lar para que em sua volta ele possa encontrar um ambiente no mínimo diferente ao que ele tinha como modelo de comportamento, e é nesse momento que surgem as maiores dificuldades.
Como a família é formada por pessoas diferentes com suas qualidades e defeitos, muitos integrantes acabam tendo muita resistência em adotar mudanças em seus comportamentos por acreditar não ser necessário, já que o problema da recuperação não é seu.
Claro que entre outras coisas essa situação acaba gerando uma grande brecha no sentido de haver uma recaída desse familiar.
Mudar pode até ser difícil, mas pelo que observamos na natureza de um modo em geral é a única constante realmente apreciável. Então porque criamos tantas resistências ao invés de entrar no fluxo da vida?
Talvez possamos concluir que provavelmente o “universo” tenha propositalmente nos feito para evoluirmos constantemente, não por uma opção pessoal, mas sim por um meio de continuar nossa existência e quando assim não o fazemos acabamos criando enormes problemas em nossa vida.
E o que deixo em reflexão é: mesmo não aceitando as mudanças e optando por não mudar de um jeito ou de outro nos tornaremos diferentes, pois se a mudança ao nosso redor se fizer de alguma forma, nós acabaremos mudando sob o ponto de vista externo já que ficamos estagnados.
RICARDO A. MIGUEL é administrador de empresas, master em programação neurolinguística pela SBPNL, mestre em cura natural método reiki usui tibetano, metafísico, pesquisador comportamental e espiritualista. Criador do projeto pioneiro “Grupo terapêutico de apoio ao codependente”, sala virtual de partilha no Facebook, e o canal no YouTube Conquistar Objetivos, voltado a codependentes e familiares.