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Segundo o levantamento mais recente do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), pouco mais da metade dos alunos que estão no primeiro ano do ensino médio no Brasil já experimentaram algum tipo de bebida alcoólica.
Em números exatos, seriam 55% dos jovens entrevistados. Isso representa 1,44 milhão de adolescentes e um aumento de quase 5% em comparação a 2012, ano da pesquisa anterior.
Pesquisas como esta motivaram um grupo de cientistas australianos e holandeses a estudar 131 estudos diversos relacionados ao assunto para descobrir o papel que pais e mães desempenham nessas estatísticas.
E encontraram dois pontos que merecem destaque: a quantidade de álcool disponível em casa e a relação que os adultos têm com cerveja, uísque e companhia influenciam bastante na idade dos primeiros goles.
De acordo com estes especialistas, se os pais costumam compartilhar experiências engraçadas ou agradáveis regadas a drinques, os filhos criam expectativas positivas sobre o hábito. E, claro, isso favorece a experimentação precoce.
A questão é especialmente importante quando essa ingestão se torna abusiva ou se incita, anos pra frente, condutas perigosas, como dirigir bêbado. O que se pede, em resumo, é sinceridade sobre os efeitos do álcool.
Para orientar os mais novos sobre as consequências do consumo de bebidas alcoólicas, evitando sermões, sendo claro, didático e imparcial na medida do possível, o Centro de Informações sobre Saúde e Álcool (CISA), em São Paulo, desenvolveu o livreto Como falar sobre uso de álcool com seus filhos.
O livreto foi lançado em 2005 e tem como objetivo informar pais e educadores sobre as melhores formas de se comunicar com crianças e adolescentes sobre o uso de álcool nas faixas etárias de 8-11 anos, 12-14 anos, 15-16 anos e 17-18 anos. O material traz ainda informações sobre os efeitos fisiológicos e psicológicos do álcool e as melhores formas de lidar com situações do cotidiano das crianças e adolescentes envolvendo o uso e o abuso de bebidas alcoólicas. O download é gratuito e pode ser feito clicando aqui.
Fonte: Revista Saúde