Tempo de leitura: 2 minutos
Segundo o II Levantamento Nacional de Álcool e Drogas (Lenad), desenvolvido pelo Instituto Nacional de Políticas Públicas do Álcool e Outras Drogas (Inpad) da UNIFESP (Universidade Federal de São Paulo); financiado pelo CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP), apesar da melhora sócio-econômica do Brasil nos últimos anos, não houve um aumento de consumo do álcool no país, não houve um aumento na quantidade de pessoas que são bebedoras. Ou seja, desde 2006, metade do país é composto por bebedores.
Porém quem bebia está bebendo mais regularmente. E de forma mais nociva.
Este comportamento recebe, pelo Lenad, o indicador “Beber em binge”. O binge, conceito muito utilizado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), não tem uma tradução ideal em português, mas significa o beber muito e muito rápido, definido pelo consumo de 4 unidades de álcool em duas horas para mulheres ou cinco unidades de álcool em duas horas para homem. E esse indicador existe porque ele está comprovadamente associado a uma série de danos, tanto fisiológicos quanto sociais, porque, em outras palavras, trata-se do beber para ficar bêbado.
O aumento neste indicador foi de 31% na população geral, um pouco menos que 30% entre os homens e um aumento de 36% entre as mulheres. Ou seja, as mulheres estão mudando bastante o padrão de uso de álcool. No geral, dos 47% da população que bebeu no último ano, desses, 55%, ou seja, mais da metade já bebeu em forma binge.
Com a chegada do carnaval, a tendência é este comportamento piorar. Por isso, caso os números acima não tenham lhe feito refletir, vamos apresentar mais 4 aspectos, desta vez voltados unicamente para os feitos da saúde no organismo:
O álcool libera toxinas:
Após uma bebedeira, é possível encontrar um alto índice de endotoxina no sangue, o que significa que toxinas foram liberadas nos tecidos celulares. Isso pode levar a problemas de saúde como câncer e depressão.
Pode causar impotência:
O álcool pode diminuir a quantidade de testosterona do homem e causar impotência sexual. Entre as mulheres, há maior incidência de abuso de álcool entre aquelas com transtornos alimentares, como bulimia.
Atrapalha o sono:
Dormir embriagado pode atrapalhar o processo realizado pelo organismo para equilibrar a necessidade de sono. Com o passar do tempo, será preciso cada vez mais de álcool para a pessoa conseguir descansar.
E engorda até os atletas:
Um adulto britânico bebe até 3.750 calorias de álcool em feriados. E não adianta pular refeições para “dar mais espaço” para o álcool: são necessárias até sete horas de corrida para eliminar tanta bebida do organismo.
Fontes: Inpad & O Globo