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Londres, capital da Inglaterra e do Reino Unido, tem 20 mil hectares de parques e espaços abertos, cobrindo 40% da cidade, superando qualquer outra capital do mundo. A Grã-Bretanha proibiu o fumo em espaços fechados de concentração pública, incluindo bares e restaurantes, em 2007. Desde então, é comum encontrar grupos de fumantes amontoados na parte exterior de edifícios em Londres, ou nas famosas praças locais, como Trafalgar e Praça do Parlamento.
Mas o hábito de fumar nestes locais também pode estar com os dias contados. A indicação aparece num relatório encomendado pelo prefeito de Londres, Boris Johnson, que visa a combater as ameaças representadas pelo tabaco, álcool, obesidade, falta de exercício e poluição.
Fumar já é proibido em parques em várias outras cidades do mundo, incluindo o Central Park, em Nova York.
Chamado “Melhor saúde para Londres” o estudo diz que 1,2 milhão de londrinos são fumantes, o que leva a 8.400 mortes prematuras a cada ano. Além disso, a cada dia, 67 estudantes começam a fumar.
O autor do estudo, o cirurgião e ex-ministro da Saúde, Ara Darzi, disse que o projeto poderia muito bem ser aplicado a todas as cidades da Grã-Bretanha e que o prefeito “deveria usar seus poderes para tornar as praças Trafalgar e do Paralamento livres do fumo”. Segundo Darzi, tal atitude seria “uma mensagem poderosa ter o centro icônico de nossa cidade, no coração político do país, livre do fumo”.
Por enquanto, o prefeito de Londres ainda não aprovou as recomendações, mas afirmou que, se a proibição for considerada, é preciso ter uma clara evidência de seus benefícios diretos para a saúde coletiva.
A ideia, entretanto, já recebe críticas de grupos pró-fumantes.
Em um comunicado, Simon Clark, diretor da Forest, que faz campanha em nome dos fumantes, afirmou que a “proibição de fumar em parques e praças seria ultrajante”. “Não há risco para a saúde de outra pessoa que não o fumante. Se você não gosta do cheiro, saia de perto”.
E ainda ironizou: “A próxima coisa a ser proibida será fumar em nossos próprios jardins no caso de o cheiro de fumaça extrapolar a cerca”.
Fonte: O Globo