Tempo de leitura: 1 minuto
A Câmara de São Paulo aprovou no início deste mês, em segunda votação, um projeto de lei que proíbe a venda de narguilé a menores de 18 anos.
Quem nos acompanha já conhece este cachimbo árabe também conhecido como cachimbo d’água, shisha ou hookah. Aspirado por meio de uma mangueira, é 100 vezes mais prejudicial ao organismo do que o cigarro: uma única sessão de fumo com o dispositivo equivale em média ao consumo do alcatrão de 25 cigarros. E mais: além do alcatrão extra, uma sessão de narguilé equivale a 2,5 vezes a nicotina de um cigarro, e cerca de 10 vezes o monóxido de carbono.
O autor do projeto, vereador Alessandro Guedes (PT), teve conhecimento destes números e resolveu levar adiante o projeto de lei com o “objetivo é conscientizar pais e filhos sobre os danos que o narguilé causa à saúde das pessoas”.
A preocupação com o narguilé também vai além da fronteiras brasileiras. Nos Estados Unidos, por exemplo, a prática está se tornando uma preocupação maior de saúde pública devido à popularidade entre adolescentes. Pela primeira vez, os Centros para Controle e Prevenção de Doenças dos EUA registraram um uso de xixa mais disseminado que o de cigarros entre estudantes do ensino médio, apesar de muitos o usarem só ocasionalmente.
No Brasil, o Ministério da Saúde alerta que o narguilé pode causar doenças como câncer de pulmão, boca e bexiga, além de estreitamento das artérias e doenças respiratórias.
Desde 2015 a utilização em público do narguilé é proibida, seja em lugar aberto ou fechado, conforme a nova lei antifumo. Em São Paulo, a proposta de Guedes segue agora para sanção ou veto do prefeito João Doria (PSDB).
Fonte: Estadão via Agência Brasil