“É é o jeito mais inteligente de lidar com isso”

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Em uma de suas últimas entrevistas como chefe de Estado, o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, disse para a revista Rolling Stones que a maconha deveria ser tratada como o álcool e o cigarro, ou seja, como assunto de saúde pública.

Nos Estados Unidos alguns estados legalizaram a maconha apenas para fins terapêuticos, outros a despenalizaram totalmente, também para fins recreativos, e outros continuam proibindo-a em qualquer circunstância. Para Obama, isso fez com que a situação atual da droga no país ficasse “insustentável”.

“Eu sempre fui muito claro sobre a minha crença que nós devemos desencorajar o abuso de substâncias. E eu não sou uma pessoa que acredita que a legalização é uma panaceia. Mas eu acredito que tratar (a maconha) como um assunto de saúde pública, do mesmo modo como nós tratamos cigarros e álcool, é o jeito mais inteligente de lidar com isso”, afirmou o presidente estadunidense.

Não é a primeira vez que Obama defende enxergar as drogas como um problema de saúde pública, no entanto, desta vez, ele admite que não será nada fácil fazer com que isso se torne realidade, explicando que o assunto não pode ser resolvido simplesmente com um “decreto presidencial”.

“Tipicamente, o modo no qual essas classificações são mudadas não são através de decretos presidenciais, mas sim legislativamente ou através do DEA, a agência antidrogas dos Estados Unidos. Como você pode imaginar, o DEA, cujo trabalho é historicamente reforçar as leis relacionadas às drogas, nem sempre vai estar na frente sobre esse assunto, na vanguarda”, explicou o mandatário na entrevista.

Em agosto deste ano, o DEA rejeitou uma série de petições para retirar a maconha de sua lista das drogas mais perigosas – que inclui substâncias como a heroína (responsável por matar milhares de americanos anualmente por overdose) e ecstasy.

Ao mesmo tempo, substâncias classificadas por especialistas como extremamente nocivas devido aos riscos de vício e overdose, como a cocaína e a metanfetamina, foram mantidas em uma categoria abaixo daquela em que a maconha está, sendo, assim, consideradas menos perigosas do que a erva.

 

Fonte: Último Segundo – iG