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Mostramos aqui que, devido à profunda recessão da economia russa desde 2014, os russos que não podem adquirir vodca legal consomem maciçamente produtos que incluem álcool, como colônias e loções. O resultado pode ser mortal.
Outro (triste) exemplo veio do Paquistão. E bem na noite de Natal – aquela, que deveria ser uma ‘noite feliz’.
Naquele país, a venda de bebidas alcoólicas está proibida para a maioria muçulmana, mas os cristãos e os estrangeiros não muçulmanos podem adquirir uma licença que permite comprar álcool – só que a preços muito elevados.
Por causa disso, é comum as pessoas destilarem em casa as bebidas alcoólicas, o que provoca acidentes com frequência. Em outubro deste ano, 11 cristãos morreram depois de consumir álcool adulterado e outras 23 pessoas faleceram pelo mesmo motivo em março no sul do país.
Mas nada disso serviu de alerta.
Outra tragédia aconteceu na noite de 24 de dezembro em um bairro cristão de Toba Tek Singh, 300 quilômetros ao sul da capital Islamabad, onde mais de 30 pessoas (até o momento) morreram após ingerir bebida alcoólica adulterada. Outras 60 pessoas também foram intoxicadas pela bebida, um licor tóxico produzido pelos moradores para celebrar o Natal.
A falta de controle nas matérias-primas que são utilizadas nesse tipo de bebidas é o que pode causar riscos a saúde humana quando forem consumidas. Já tratamos aqui sobre o metanol, considerado o mais tóxico de todos os alcoóis.
Outro elemento presente nas bebidas falsificadas é o cobre, que em excesso tende a acumular no organismo e gerar possíveis reações tóxicas. Altos níveis de cobre causa oxidação da vitamina A, diminui a vitamina C, provocando dores nas articulações e musculares, distúrbio de aprendizado, fadiga e depressão. O acumulo de cobre está relacionado ainda com: disfunção comportamental, anemia aplástica, vários tipo de doenças hepáticas e outras doenças.
Além disso, em muitas bebidas adulteradas há presença de carbamato de etila (C2H5COONH2). Essa substância tem um grande potencial cancerígeno. E ainda tem misturas envolvendo ingredientes como solvente de tinta e até combustível.
É sempre bom repetir o alerta: a ingestão de bebida falsificada pode causar intoxicação em órgãos como fígado e pâncreas, já que nosso organismo não está preparado para estas substâncias.
Fonte: G1