Álcool, um problema muito maior

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Philip David Charles Collins, mais conhecido como Phil Collins, é um músico britânico. Foi baterista e vocalista da banda Genesis, mas também atingiu êxito na carreira solo.

Aline Silva ostenta no peito uma prata no Mundial (Uzbequistão-2014), mesma medalha que conquistou na categoria júnior, em 2006, ambas inéditas na luta olímpica brasileira.

Collins nunca tentou esconder o seu problema com o álcool. O cantor admitiu que chegou a um ponto que começava a beber vinho às 11 da manhã e que depois passava para vodka.

Debutante em Olimpíadas, Aline conquistou a vaga com o 5º lugar no Mundial de Las Vegas-2015, após ganhar o bronze no Pan de Toronto. Com uma carreira de altos e baixos, Aline começou a lutar judô aos 12 anos, depois de um coma alcoólico ter marcado sua pré-adolescência, um ano antes. Criada sozinha pela mãe desde que o pai as deixou quando ainda era bebê, ela aproveitava que Dona Lídia trabalhava até de madrugada para ficar na rua bebendo.

Phil Collins e Aline Silva faziam parte do nada seleto grupo de usuários de álcool, uma droga depressora do sistema nervoso central, que age diretamente sobre os lipídios e as gorduras – presentes em todos os tecidos do corpo humano, inclusive na membrana que envolve e protege o cérebro.

Por isso, muitos especialistas defendem a tese de que, por uma combinação de fatores perversos, o álcool é a droga mais pesada – ou pelo menos a mais preocupante – de todas.

É difícil imaginar que um copo de cerveja ou uma dose de uísque possam ser mais perigosos do que outras drogas, como crack ou cocaína. Entretanto, as consequências do uso continuado de álcool são devastadoras: desenvolvimento de doenças autoimunes, cirrose, diabetes e depressão, para citar apenas alguns exemplos. E com um agravante: bebidas alcoólicas são drogas legais, estão à venda em cada esquina.

Uma pesquisa feita pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) revela que 80% dos adolescentes brasileiros já beberam alguma vez na vida e que 33% dos alunos do Ensino Médio bebem em excesso pelo menos uma vez por mês. Pior: em 50% dos casos, a primeira dose é consumida em casa, com a conivência dos pais.

A situação fica ainda mais preocupante quando se leva em consideração que anúncios de bebidas alcoólicas ocupam algo entre 8% e 10% de toda a publicidade veiculada na TV – especialmente nos intervalos de transmissões esportivas e programas que têm os jovens como público alvo.

Segundo a Secretaria Nacional Antidrogas (Senad), há no Brasil de 20 a 30 milhões de viciados em álcool. Proporcionalmente, porém, este número não se compara ao apresentado pela Coreia do Sul, segundo pesquisa realizada pelo Euromonitor: a média semanal de um sul-coreano é de impressionantes 13,7 shots de bebida alcoólica. Os russos, que vêm logo em seguida na lista, bebem 6,3 shots por semana; os filipinos, por sua vez, encaram uma média de 5,4 shots por semana. Já os ingleses aparecem bem recatados na lista, se comparados aos asiáticos, e têm média de 2,3 shots por semana.

Muito provavelmente, esta bebedeira sul-coreana está relacionada ao tradicional Soju, bebida destilada de arroz mais consumida por lá e que domina 97% do mercado de bebidas do país.

Um drink bem comum nos happy hours é chamado de “a bomba” e é composto por um shot de soju misturado a um copo de cerveja. Na Coreia do Sul, inclusive, existe um ditado afirmando que “quem bebe mais trabalha melhor”. Por isso, é muito comum ver álcool até em reuniões de negócios, sendo considerado fundamental para construir relações de confiança.

 

Fonte: Visão Atualidade