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Para o doutor Alexandre Augusto de Castro Peleja, psiquiatra do Centro de Referência e Excelência em Dependência Química (CREDEQ), em Goiás, “a dependência química é principalmente um problema de saúde, e ela deve ser tratada como tal. Se a olharmos apenas como problema social, o tratamento fica incompleto. É preciso ter abordagem com médico, psicólogo, assistente social, terapeuta ocupacional e educador físico”.
O especialista explica que, além da internação, que dura em média duas semanas, outros processos auxiliam na recuperação do dependente químico.
Entre estes “outros processos”, estão as vacinas testadas em diversas partes do mundo para ajudar no tratamento da dependência química. Uma delas foi desenvolvida pela PharmaView. A vacina bloqueia a entrada de cocaína e crack no cérebro, impedindo assim o seu efeito. Sem o benefício da droga, o ciclo do vício é quebrado. A ideia é que a solução seja agregada ao atual esquema terapêutico, impedindo recaídas e melhorando sua efetividade.
Como já havíamos previsto neste artigo, os mineiros desbancaram muita gente boa do ramo.
Isso porque a equipe PharmaView, foi a grande vencedora do UFMG Challenge, realizado na feira de inovação Finit, no início deste mês. Em sua quarta edição, o evento teve como foco a seleção de projetos com tecnologias emergentes para resolver problemas das áreas da saúde e ciência da vida.
A equipe liderada pelo médico e professor da Faculdade de Medicina da UFMG Frederico Garcia representou a UFMG em um hackathon na Finlândia (a Ultrahack 2017 Sprint II, realizada este mês), como prêmio pelo primeiro lugar.
O experimento foi desenvolvido desde 2013 pelo Núcleo de Pesquisa em Saúde e Vulnerabilidade e passou por testes em roedores. Com a análise do registro de patente pelo Instituto Nacional de Proteção Intelectual (Inpi), a vacina agora está liberada para estudos em macacos. Esta fase vai sinalizar a possibilidade de experimentar em pessoas. Com os resultados em mãos, ainda será preciso autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e da Comissão Nacional de Ética em Pesquisa (Conep).
Fonte: UFMG