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O nome oficial é Dia Internacional contra o Abuso e o Tráfico Ilícito de Drogas e foi instituído em 26 de junho de 1987 através da resolução 42/112 da Organização das Nações Unidas.
Anualmente, durante este período, a ONU, através de seu escritório sobre drogas e crime em Viena, o Unodc, divulga um relatório mundial sobre drogas – e os dados deste ano são alarmantes.
De acordo com o relatório, cerca de 29,5 milhões de pessoas ao redor do mundo apresentam transtornos ligados ao consumo de drogas, entre eles, a dependência. Isso equivalente a 0,6% da população global de adultos.
A conclusão do estudo é que, no total, cerca de 250 milhões de pessoas usaram drogas em 2015 – um dos anos nos quais o levantamento se baseia. Isso representa 5% da população mundial, número que supera todos os encontrados nos últimos anos. O relatório aponta que somente uma em cada seis pessoas que requer tratamento recebe assistência – e a maioria nos países desenvolvidos.
A maconha continua sendo a droga mais usada: 183 milhões de usuários. Ou seja, 3,8% da população adulta do globo. Os consumidores de cocaína chegam a 17 milhões, os de ecstasy são 21,6 milhões.
Quanto às chamadas novas substâncias psicoativas (NPS), os riscos também são grandes. Como ainda são pouco conhecidas ainda, elas expõem os usuários a um conteúdo e a uma dosagem incertos. O relatório aponta a existência de 493, quase o dobro em comparação com o mesmo estudo em 2012, quando eram 260 NPS listadas.
Entretanto, são os opioides, como a heroína, que continuam sendo as substâncias mais nocivas à saúde, com 70% de chance de provocar um impacto negativo na saúde, e as que causam mais mortes.
O Unodc assinala como particularmente preocupante a situação nos Estados Unidos: 25% de mortes por drogas no mundo acontecem nesse país, majoritariamente por opiáceos, cuja produção mundial aumentou em um terço em relação ao ano anterior, segundo este mesmo relatório.
Yuri Fedotov, diretor da Unodc, assinala que, ultimamente, se vem “prestando especial atenção às ameaças representadas pela metanfetamina e as novas substâncias psicoativas (NSP). No entanto, como mostra o relatório, tanto a fabricação de cocaína como a de opioides estão aumentando”, alerta ele.
Em 2015 o volume de fabricação mundial de cloridrato de cocaína puro subiu para 1.125 toneladas, ou seja, um aumento global de 25% em relação a 2013. Quanto ao ópio, em 2016 a produção mundial aumentou em um terço em relação ao ano anterior.
Yuri também alerta que “a nível mundial foram registradas pelo menos 190 mil mortes prematuras provocadas pelas drogas, a maioria atribuída ao consumo de opioides”. Muitos casos, afirma o diretor, eram evitáveis. Além das mortes, o Unodc aponta para a “perda de anos de vida sã”, que é a incapacidade causada pelo consumo de drogas.
Fonte: Agência EFE