Tempo de leitura: 1 minuto
Uma vacina desenvolvida pela Faculdade de Medicina Weill Cornell, em Nova York, é capaz de anular o efeito da cocaína e do crack.
Segundo o geneticista Ronald Crystal, líder do estudo, o organismo aprendeu “a ver a molécula de cocaína como intrusa”
Testada com sucesso em ratos e macacos, a vacina é resultado da manipulação do vírus que causa gripe comum. Ele foi acoplado a uma molécula artificial, criada em laboratório, que tem exatamente o mesmo formato da molécula de cocaína. Após ser injetado nas cobaias, percebeu-se que o sistema imunológico destes animais criou uma defesa contra a molécula.
Assim, a partir daí, toda vez que uma cobaia consumisse cocaína, ela era destruída pelo organismo e não chegava ao cérebro. Logo, não produzia efeito.
A vacina, que também funciona contra o crack, não causou efeitos colaterais, mas mostrou ter duração limitada: 13 semanas em ratos e apenas sete em macacos. Portanto, os pesquisadores não podem precisar por quanto tempo ela seria eficaz nos humanos.
Outro detalhe importante é que a vacina não elimina a dependência química e psíquica, pois o dependente sente falta da droga e continua tendo vontade de consumi-la, o que torna ainda indispensável o acompanhamento psicológico. A diferença porém é que, se ele usá-la, ela não surtirá efeito, o que já é uma grande ajuda para quem luta contra a doença dependência química.
Esta não é a primeira vacina para tratar adictos, notadamente os viciados em cocaína. Também na fase dos testes clínicos, uma vacina desenvolvida pelo Baylor College of Medicine, em Houston, também nos EUA, estimula o sistema imunológico a “atacar” as moléculas que compõem a droga, quando elas entram no corpo.
Fonte: Superinteressante