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O verão é a estação do ano que sucede a primavera e antecede o outono. Durante essa estação do ano, uma porção da Terra está mais próxima do Sol, fazendo com que os dias sejam mais longos que as noites. Normalmente, o verão é a estação do ano destinada às férias escolares, pois esse período é propício à realização de viagens, sobretudo para cidades litorâneas.
E é aí que mora o perigo.
Além de tranquilidade, sol e mar, as cidades litorâneas costumam oferecer ainda mais diversão nas chamadas festas raves. É justamente nestas festas eletrônicas que circulam, além de muita bebida alcoólica, LSD, ecstasy e skank (maconha modificada geneticamente com o princípio ativo mais potente do que a convencional).
Com relação ao álcool, uma permissividade extra toma conta do verão por conta do calor, junto com a possibilidade de se ficar bêbado, pouco ou muito.
Seja em goles sorrateiros ou abertamente consumidas, bebidas de todas as formas e potências ganham espaço. Assim, a manhã do próximo dia de verão é geralmente contemplada através das lentes da ressaca.
Segundo pesquisa realizada pelo Centro Brasileiro de Informações sobre Drogas Psicotrópicas (CEBRID), entre estudantes do 1° e 2° graus de dez capitais brasileiras, as bebidas alcoólicas são consumidas por mais de 65% dos entrevistados. Dentre esses, 50% iniciaram o uso entre os 10 e 12 anos de idade.
O álcool contido nas bebidas é a droga psicotrópica mais consumida no mundo. Apesar de sua ampla aceitação social, o consumo de bebidas alcoólicas, quando excessivo, passa a ser um problema. Além dos inúmeros acidentes de trânsito e da violência associada a episódios de embriaguez, o consumo de álcool a longo prazo, dependendo da dose, frequência e circunstâncias pode provocar um quadro de dependência conhecido como alcoolismo.
O uso recorrente causa grande dano à sociedade, a ingestão de álcool, mesmo em pequenas quantidades, diminui a coordenação motora e os reexos, comprometendo a capacidade de dirigir veículos, aumentando assim probabilidade de ocorrer diversos tipos de acidente, além disso reduz a capacidade crítica e de julgamento, ampliando a possibilidade do usuário cometer atos impensados.
Além do álcool, o verão costuma trazer consigo novas formas de drogas sintéticas. Ainda pouco conhecidas da polícia, elas possuem muitos armadilhas para conquistar usuários.
Esse conjunto de drogas da moda tem até apelido entre os usuários: são as club drugs, drogas sintéticas, em geral, consumidas em festas de música eletrônica. Mesmo com a atenção mundial voltada para o assunto (o Observatório Europeu das Drogas e da Toxicodependência, em Lisboa, funciona 24 horas por dia, justamente para detectar as novas drogas), o tráfico desse tipo de substância é facilitado pelas formas como as drogas se apresentam.
“Eles traficam de todos os jeitos, colocando as drogas em potes de creme, livros, vidros de perfume, colírios, descongestionantes nasais, tudo para passar na alfândega e não serem identificados”, conta um agente que trabalha na Delegacia de Repressão a Entorpecentes da Polícia Federal na Bahia.
A Polícia Federal mapeou a rota feita pelas drogas para chegar até o consumidor. Drogas sintéticas geralmente são trazidas por via aérea, de acordo com as investigações. Elas vêm da Holanda, de Portugal e da Espanha para Salvador, Minas Gerais e São Paulo.
Os dois estados do Sudeste somados ao Rio de Janeiro recebem dos países latino-americanos, como Paraguai e Argentina, parte da maconha consumida no país. A outra parte é produzida no chamado Polígono da Maconha, em Pernambuco. Bolívia e Colômbia exportam para o Brasil parte da cocaína que produzem. Do que chega ao Brasil, parte fica e o restante segue para a Europa.
Fonte: Correio da Bahia